O iceberg conhecido como A68, considerado o maior do mundo, derreteu e se dividiu em diversas partes menores, deixando de ser considerado a grande ameaça que foi até pouco atrás.
O enorme objeto se desprendeu da plataforma de gelo da Antártida conhecida como Larson C e possuía uma área de quase 6 mil quilômetros quadrados, o tamanho da Palestina.
Ele era monitorado por um sistema de satélites por representar um perigo para embarcações e algumas ilhas próximas, mas as autoridades responsáveis acreditam agora que não vale mais a pena gastar dinheiro e esforços em rastrear as várias partes nas quais o iceberg se dividiu.
A maior delas não passa de 18,5 quilômetros, o que não é mais considerado um problema.
O A68 é lembrado como o primeiro grande iceberg da “era digital”, já que seus dados de monitoramento por satélite foram exibidos em redes sociais, com imagens, durante muito tempo.
Nunca antes a trajetória de um iceberg foi acompanhada dessa forma, e foi a partir dele que muitas ferramentas, incluindo robôs de pesquisa, foram colocados em prática.
O derretimento do iceberg aconteceu no oceano Atlântico, durante um período de águas mais quentes.
A temperatura, em conjunção com ondas de forte intensidade, foram o suficiente para fazer o grande objeto quebrar em pedaços cada vez menores, até desaparecer completamente da forma que o conhecemos.
Cemitério de icebergs
Se as condições do clima e do oceano não tivessem acabado com o iceberg A68, ele estaria rumando para um destino que acabou ficando conhecido como cemitério dos icebergs.
Trata-se do Território Britânico Ultramarino da Geórgia do Sul, uma pequena ilha para onde os blocos de gelo costumam rumar ao se desprenderem da Antártida.
Levados por correntes marítimas, os icebergs frequentemente acabam encalhados nas proximidades da ilha, que possui águas bem mais rasas.
Ali eles ficam até derreterem sob ação da natureza, sem boiar mar afora, como aconteceu com o então maior iceberg do mundo.