Um submarino perdeu o contato com a Marinha da Indonésia nesta quarta-feira (21) enquanto realizava manobras de treinamento, que incluíam lançamento de torpedos, e pode ter se partido em pedaços. A embarcação possui 53 pessoas a bordo.
A Marinha já enviou navios para realizar buscas intensas para localizar o submarino em frente à costa de Bali e militares travam uma corrida contra o tempo.
Conforme o chefe do Estado-Maior, Yudo Margono, se a embarcação estiver enfrentando problemas elétricos, o suprimento de oxigênio da embarcação pode acabar até a madrugada de sábado (24), ou seja, em cerca de 72 horas. O governo local teme uma grande tragédia.
A busca por sobreviventes e pelo submarino contará com a ajuda internacional de vários países, incluindo Estados Unidos, Índia, França, Austrália e Alemanha. Além de países vizinhos como Malásia e Singapura.
O que se sabe até agora
Foi encontrado uma mancha de petróleo na região onde o submarino enviou o seu último sinal para a base naval, sendo assim, seis navios de guerra e um helicóptero se concentram nesta área em busca de fragmentos da embarcação.
Conforme o porta-voz da Marinha, Julius Widjojono, a presença do petróleo pode sinalizar danos ao tanque ou até mesmo uma descarga como sinal de socorro.
Nesta quarta-feira (21), o comandante das Forças Armadas, Hadi Tjahjanto, disse que o submarino pode estar a 700 metros de profundidade e que cerca de 400 militares e socorristas estão mobilizados para o resgate das vítimas.
Em analises de militares, se a profundidade for essa, há a possibilidade de ele ter se partido em pedaços.
Sobre o submarino
O submarino da Marinha da Indonésia, KRI Nanggala 402, foi construído há cerca de 40 anos e estava sob execução do exército militar quando submergiu na manhã de quarta-feira (21).
Segundo o vice-almirante francês, Antoine Beaussant, um equipamento desse porte consegue mergulhar até 250 metros abaixo da superfície. “É um coeficiente de segurança imposto para a preservação do submarino.”
A equipe do Instituto de Submarinos da Austrália também está pessimista sobre o resgate. “Se o submarino estiver no fundo do mar e nessa profundidade, há poucas chances de evacuar a tripulação. A única maneira de resgatá-los seria na recuperação do submarino, o que seria um longo processo”, explicou o funcionário Frank Owen à mídia australiana.
Este foi o primeiro incidente grave que o país registrou dentro de uma frota de cinco submarinos – que passaram por reforços e modernizações nos últimos anos.