Foi lançado ao espaço no último domingo (28) o satélite Amazonia 1, o primeiro produzido totalmente por esforços brasileiros.
Ele foi lançado a partir de uma base na Índia e deve servir, primariamente, para melhorar o monitoramento de situações de desmatamento na Floresta Amazônica. O satélite também é completamente operado por órgãos brasileiros, pela primeira vez na história.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) é o responsável por todo o funcionamento do Amazonia 1. O órgão informa que além de monitorar a Amazônia, o satélite deve apoiar o monitoramento das regiões costeiras do Brasil, bem como reservatórios de água e outros.
Ele é o terceiro satélite a operar nessa área, sendo os outros dois o CBERS-4 e o CBERS-4A, operados em parceria com a China.
O projeto custou 300 milhões de reais, além de 20 milhões pagos ao governo da Índia pelo uso de um lançador do país.
O Amazonia 1 fará imagens em alta definição do planeta a cada 5 dias, podendo focar em pontos específicos quando for necessário. Sua presença na órbita terrestre vai aumentar significativamente a quantidade de dados de monitoramento do Inpe.
O desenvolvimento do satélite começou ainda no início dos anos 2000 e ao todo, envolveu o trabalho de cerca de 500 profissionais brasileiros.
Mais do que o monitoramento, a expectativa agora é de que os novos dados fornecidos pelo Amazonia 1 sejam utilizados em medidas de combate ao desmatamento.
Olho que tudo vê
De acordo com especialistas em monitoramentos de biomas, o Amazonia 1 representa uma melhoria significativa nessa área para o Brasil, embora já tivéssemos um sistema bastante competente para isso.
O novo satélite também deve ajudar na agricultura, podendo verificar o estado de plantações e os efeitos causados por fenômenos climáticos.
Segundo o Inpe, esse é apenas o primeiro satélite totalmente brasileiro da missão.
Para os próximos anos, o órgão pretende colocar em órbita ainda o Amazonia 1-B e o Amazonia 2, versões ainda mais potentes e eficazes do que foi lançado recentemente.