Pode ser difícil imaginar um mundo sem papel higiênico, mas isso já foi o mais comum, mesmo após a sua invenção. Mas e então, o que as pessoas usavam?
Apesar de estar presente no mundo ocidental desde o século XVI e ter sido criado na China no século II, a invenção demorou a se popularizar da forma que conhecemos hoje. Dessa forma, as pessoas tinham que dar seu jeito.
A arqueologia tem muito trabalho tentando entender como as pessoas faziam esse tipo de higiene antes do papel higiênico.
Isso porque a maioria dos materiais usados: folhas, espigas de milho e demais, são de origem orgânica e com isso, acabaram se decompondo. No entanto, o uso de varetas ou pedaços de madeira, parece ter sido recorrente em algumas culturas.
Na China, terra que presenteou o mundo com o advento do papel higiênico, o mais comum era o uso de uma vareta de bambu coberta com um pedaço de tecido.
Uma ferramenta similar era usada no Japão, no século VIII, tanto na parte externa do ânus, como na interna. Sim, é isso mesmo que você está pensando.
O ocidente também tinha a sua versão da “varinha mágica”. Gregos e romanos usavam um pedaço de pau com uma esponja na ponta, chamado de tersorium.
A parte ruim é que o tersorium era coletivo, disponibilizado em banheiros públicos. Ele era lavado na água corrente que passava por baixo da latrina e conservado em um recipiente com vinagre e sal.
“Vá a m***a!”
Os gregos, especificamente, ainda utilizavam algo mais incomum. Ostracas eram pedaços de cerâmica quebrada onde os nomes de pessoas que cometiam crimes ou eram rejeitadas por uma comunidade eram escritos.
É daí que vem a origem da palavra “ostracismo”, ou seja, a exclusão de uma pessoa.
Acontece que alguns achados arqueológicos mostram que o sujeito submetido ao ostracismo era ainda mais humilhado: vestígios de fezes humanas foram encontrados em algumas ostracas.
Isso significa que os pedaços de cerâmica com nomes também eram usados no lugar do papel higiênico.
A revolta de quem fazia isso deveria ser muito grande, porque os pedaços muitas vezes eram ásperos e lascados, o que certamente devia machucar.
