Sabe aquela banda que você ama, que tinha o cartaz na parede do quarto e cuja música sempre vem em mente no momento de adrenalina? Aquela banda cujo nome é usado em perfis de YouTube – por mais de 2.495 pessoas, é claro – só porque o nome é legal? Bem, esse nome provavelmente não foi a criação milagrosa do cérebro do seu músico favorito, mas na verdade o produto de um acidente estranho e bizarro.
Arcade Fire
A maioria dos músicos não encontra inspiração no riso das crianças, ou no vento pelas árvores, ou nas nuvens do céu. Afinal, elas nunca cantam sobre nada disso. Os músicos são pessoas e – como todos nós -, gastam uma quantidade decepcionante de tempo envolvidos em conversas inúteis e álcool. Felizmente pra Win Butler, o vocalista do Arcade Fire, o nome da banda não foi o produto de um coração partido, mas o produto de uma conversa sobre um fliperama em chamas… Talvez. Em suas próprias palavras, “é baseado numa história que alguém me contou. Não é um evento real, mas um em que eu acreditei. Eu diria que é provavelmente algo que um garoto inventou, mas eu acreditava.” Totalmente inspirador.
Daft Punk
Antes de se tornarem Daft Punk, Thomas Bangalter e Guy-Manuel de Homem-Christo eram dois dos três membros de uma banda de curta duração de guitarras chamada Darlin’. Pouco antes de Darlin’ dedilhar seu último acorde, duas das canções da banda foram criticadas pelo Melody Maker, um jornal semanal de música. O revisor Dave Jennings descreveu sua música como “daft punky thrash” – um punk doido e mal feito. Apesar da negatividade – a banda estava acabando, de qualquer maneira -, Bangalter e Homem-Christo se divertiram com a depreciação criativa dos seus esforços musicais. Usar um comentário negativo pra nomear sua nova banda de sucesso parece o ato de uma Fênix… Mas também é, definitivamente, doido.
Chvrches
Chvrches é um grupo musical popular de Glasgow, Escócia, e a história por trás desse nome peculiar é “milenar”. A decisão de chamar a banda de “Churches” – Igrejas – não foi um estratagema pra tentar converter ouvintes a nenhuma religião, mas foi escolhido por um capricho porque “é fácil de pronunciar pros americanos”. Outro critério é que eles deveriam conseguir dizer o nome da banda pras suas mães sem que elas chorassem.
O elemento mais interessante do nome, no entanto, é o curioso “V” ali no meio, como um limão em uma tigela de laranjas. A banda colocou o “V” lá pra que todos os seus fãs – e os religiosos – pudessem distingui-los das igrejas reais numa pesquisa na internet. Tudo realmente apenas uma decisão prática de marketing.
The Human League
The Human League nasceu como The Future quando foi formada pela primeira vez em 1977. Os fundadores Ian Marsh e Martyn Ware decidiram mudar o nome quando adicionaram Phillip Oakley pros vocais – era isso ou um terceiro tecladista, e como eles não poderiam realmente ter outro tecladista, optaram por um cantor. Seu uso de sintetizadores já dava à banda um estilo futurista – pelo menos nos anos 70 – e provavelmente as origens como “O Futuro” não podiam ser negadas, de modo que eles procuravam inspiração sci-fi. E como eram os anos 70 e a internet ainda não era uma ferramenta popular, eles encontraram inspiração num jogo de tabuleiro chamado Starforce: Alpha Centauri, que continha uma sociedade de humanos chamada – você adivinhou – The Human League. Eles não eram pouco nerds.
System of a Down
System of a Down é uma banda de thrash metal dos anos 90 que não tem planos pra aposentar seu ônibus. Seu nome é uma coleção muito evocativa das palavras, o que implica um monte de coisas, mas não realmente diz – e é isso que a banda mais gosta. De acordo com John Dolmayan – baterista -, suas origens se encontram na poesia do guitarrista da banda, Daron Malakian. Daron estava escrevendo seus sentimentos – provavelmente num pequeno livro com um cadeado – e escreveu um poema chamado “Victims of a Down” – Vítimas de uma Baixa. Ele sugeriu esse nome pra banda e todos meio que gostaram. No entanto, eles decidiram mudar a palavra “vítimas” pra “sistema” porque era menos pessoal e mais aberto à interpretação – e também menos deprimente. Ainda não significa efetivamente nada e, portanto, potencialmente tudo, dependendo do seu estado de espírito. É como um teste de rorschach.
Mötley Crüe
A banda de glam rock recentemente dissolvida Mötley Crüe fez ruídos altos desde 1981, o que é mais do que a maioria das bandas geralmente consegue. As ideias pra um nome incluíam a sugestão impopular “Christmas” por alguma razão, mas o vencedor acabou vindo de uma experiência do guitarrista Mick Mars com sua banda anterior, White Horse. Um dos membros da banda descreveu o resto como “motley looking crew” – equipe buscando heterogeneidade”, o que grudou na mente Mick por tempo suficiente pra ele escrever, mas não o suficiente pra soletrar corretamente. Ele lembrou da frase quando chegou a hora da nova banda ser nomeada e, com mais alguns erros de ortografia criativos e a adição de alguns tremas – inspirados na cerveja Löwenbräu, que eles estavam bebendo na ocasião – eles tinham um nome novinho em folha , super-popular e bem sucedido – e um nome incrivelmente estúpido e sem sentido.
Fonte: http://www.grunge.com/17802/silliest-origins-cool-band-names/