Um pequeno asteroide só foi detectado poucas horas antes de entrar na atmosfera da Terra. Por sorte, o objeto era bem pequeno e praticamente inofensivo, tendo se desintegrado completamente ao entrar na atmosfera. Mas e se fosse maior?
O asteroide, de nome 2018 LA, foi detectado pelo Catalina Sky Survey, ferramenta operada pela Nasa e pela Universidade do Arizona, nos Estados Unidos. Embora o impacto já estivesse em cima da hora, não houve motivo para pânico, já que o diâmetro do objeto era de cerca de 2 metros apenas, o que garantiu que ele fosse desintegrado na atmosfera.
Os cientistas estimaram o local da queda em algum lugar entre o sul da África e Papua Nova Guiné, cobrindo todo o oceano Índico. Dito e feito, em um horário próximo do esperado, uma bola de fogo foi vista no céu de Botsuana, indicando que o asteroide já estava caindo. O objeto entrou na atmosfera a uma velocidade de 17 quilômetros por segundo.
Paul Chodas, gerente do Centro de Estudos de Objetos Próximos da Terra, uma divisão da Nasa, comemorou a detecção do 2018 LA. “A descoberta do 2018 LA representa a terceira vez em que se descobriu que um asteroide estava em uma trajetória de impacto com a Terra. Também é apenas a segunda vez que o local do impacto foi previsto bem antes do evento em si”, afirmou.
E se fosse maior?
Os cientistas afirmam que objetos pequenos como esse são os mais difíceis de detectar e também são os mais inofensivos. No caso de um grande objeto em rota de colisão com a Terra, a detecção seria feita com uma antecedência muito maior, permitindo que medidas de segurança fossem tomadas com mais tempo, embora não se saiba com total certeza o que poderia ser feito no caso de um objeto do tamanho daquele que extinguiu os dinossauros, por exemplo.
Um caso de um asteroide maior, com danos um pouco mais significativos, ocorreu em 2013 na Rússia, quando um asteroide de tamanho considerável colidiu com a atmosfera e gerou uma onda de choque que quebrou milhares de janelas em toda a região de Chelyabinsk.