Recentemente, astrônomos e cientistas ficaram bem animados ao descobrir o primeiro corpo celeste oriundo de outro sistema solar. O “invasor” recebeu o nome de Oumuamua e em um primeiro momento, foi classificado como cometa, e posteriormente, asteroide. E novas pesquisas feitas revelaram que ele pode ser uma mistura entre os dois.
Primeiramente, vamos explicar a diferença entre cometa e asteroide. Os cometas costumam ser feitos de gelo, poeira e um pouco de rochas. Eles são formados bem longe do sol, já que o calor da nossa estrela derreteria o gelo.
Mas quando os cometas se aproximam da nossa estrela, o calor vaporiza o gelo, o que libera também a poeira e as partículas de rochas, criando o famoso efeito de rabo que muitos deles aparentam ter.
Já um asteroide é feito de rochas, poeira e metais. Por conta disso, conseguem se aproximar do sol tranquilamente e suas formas não são modificadas por conta disso.
Conforme dito no início do texto, Oumuamua acabou sendo classificado como asteroide por conta de suas características (tem coloração avermelhada e é composto por rochas densas e metais). Só que uma equipe de astrônomos, liderados por Alan Fitzsimmons, da Queen’s University, do Reino Unido, fez outra descoberta supreendente sobre o “invasor”: ele pode ser uma mistura de asteroide e cometa.
Ao analisarem como que Oumuamua consegue refletir a luz do Sol (albedo), descobriram que o corpo possui características semelhantes com as de pequenos planetas gelados do sistema solar exterior, e que ele teria uma crosta seca em torno de um núcleo congelado.
Provavelmente, esta camada foi responsável por proteger o interior de Oumuamua do Sol e evitou que o objeto se desintegrasse por conta do calor.
“Descobrimos que a superfície de Oumuamua é semelhante com pequenos corpos do sistema solar que estão cobertos por gelos ricos em carbono, que tem suas estruturas modificadas pela exposição aos raios cósmicos”, afirmou Fitzsimmons.
Justamente por conta dessa semelhança com esses corpos menores, muitos astrônomos já acreditam que outros sistemas solares vizinhos podem ser bem parecidos com o nosso, o que pode contribuir para futuras pesquisasa respeito da exploração espacial.
“É fascinante que o primeiro objeto interestelar que encontramos parece muito com um mundo pequeno de nosso próprio sistema solar. Isso sugere que nossos planetas e asteroides são semelhantes com os de outros sistemas de outras estrelas”, complementou Fitzsimmons.