Asteroide passa raspando na Terra e só percebemos 3 dias depois

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Uma determinada rocha espacial, agora designada como sendo o asteroide 2017 OO1, foi detectada por astrônomos em 23 de julho de 2017 pelo telescópio ATLAS-MLO, em Mauna Loa, no Havaí. Uma análise de sua trajetória revelou um detalhe interessante, talvez até assustador: ele estava próximo da Terra no dia 20 de julho às 11h33 da manhã.

Em outras palavras, um asteroide passou próximo da Terra sem que ninguém percebesse até que ele já estivesse indo para longe. O corpo celeste alcançou a distância mais próxima do planeta entre 2,5 a 3 dias antes de ser detectado – 2017 OO1 passou a cerca de um terço da distância Terra-Lua, aproximadamente 123.031 km.

Embora essa ainda seja uma distância considerada segura, um fato que se destaca é que o asteroide 2017 OO1 é cerca de três vezes maior que o asteroide que penetrou nos céus de Chelyabinsk, na Rússia em fevereiro de 2013, quebrando janelas em seis cidades russas e causando mais de 1.000 pessoas para buscar tratamento para lesões.

A descoberta tardia de 2017 OO1 é um lembrete de que um evento de proporções semelhantes ao que aconteceu em Chelyabinsk pode se repetir no futuro sem qualquer aviso. No entanto, tenha em mente que ainda é um asteroide considerado pequeno, muito pequeno para provocar um evento de nível de extinção em massa.

O 2017 OO1 tem um tamanho estimado entre 25 e 78 metros. Quando a rocha espacial foi vista pela primeira vez em Mauna Loa, no Havaí, mostrou uma magnitude muito fraca de 17,9, o que sugere que é um corpomuito escuro ou não reflexivo, tornando assim muito difícil de detectar.

A rocha espacial está viajando a 37.303 km/h.  Resumidamente: o asteroide 2017 OO1 foi detectado três dias depois de passar a cerca de um terço da distância da lua da Terra, e isso não é algo assim tão assustador.

Em 1998, e novamente em 2005, o Congresso Americano disse à NASA que achasse os objetos perigosos existentes em nosso sistema solar e fizesse planos para desviar aqueles que representavam um risco para a Terra.

Mais de 16.000 deles são considerados objetos “próximos da Terra”, porque às vezes eles chegam tão perto que chegam a passar a apenas 45 milhões de quilômetros de nós – uma largura de um fio de cabelo, em termos cósmicos.

Provavelmente, várias detecções semelhantes ainda vão acontecer nos próximos anos.



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