Alienígenas que já não tem mais um planeta habitável podem estar em grandes naves, escondidos em um cinturão de asteroides para não serem detectados, essa é a opinião polêmica de um astrônomo.
Duncan Forgan, astrobiólogo da Universidade de St Andrews, disse que existe a possibilidade de que alguns dos objetos que podemos detectar no cinturão de asteroides poderiam ser enormes UFOs.
Ele fez a afirmação enquanto argumentava que a busca da humanidade para encontrar vida alienígena não foi um fracasso e que os cientistas ainda não chegaram nem perto da superfície da nossa própria galáxia, muito menos do Sistema Solar em sua busca por sinais alienígenas ou outros sinais de vida.
Já outros astrônomos estão convencidos de que não há vida inteligente dentro de uma distância próxima que irão deixar a gente fazer contato, porque as pesquisas até agora não foram capaz de encontrar qualquer evidência conclusiva de que há alguém.
Mas o Sr. Forgan disse: “Nós ainda não falhamos, porque não realizamos todos os testes e nós temos meios para testar as hipóteses.”
Ele disse que apenas uma pequena parte da galáxia tem sido explorada, e que só uma frequência de onda de rádio está sendo usada para a procura.
Sr. Forgan quer ver a pesquisa aberta para toda a galáxia, se possível, à procura de sinais de poluição alienígena, ruínas em planetas desabitados, mineração de asteroide, sondas espaciais desconhecidas e outros sinais físicos, ele diz que tudo está lá para ser pesquisado.
Ele mostrou esta imagem de um campo de futebol que mostra que ainda estamos investigando a ponta do iceberg em nossa própria galáxia na busca para fazer contatos.
O quadrado azul na esquerda, perto do gol, é tudo o que já procuramos na Via Láctea. O gráfico mostra o tamanho desse pequeno quadrado comparado com o tamanho da galáxia, se ela fosse do mesmo tamanho de um campo de futebol.
Até SETI (Search for Extra Terrestrial Intelligente life: procura por vida extraterreste inteligente) começar a ser levada em conta, os astrônomos contavam com a “Equação de Drake” da década de 1960 para estimar quantos planetas poderiam ter vida inteligente, mas agora essa equação não tem muita utilidade.
Sr. Forgan disse: “O quadrado é apenas uma fração da Via Láctea – não podemos falar que já falhamos, estamos só no começo.
“Nós ainda nem mapeamos o Sistema Solar. O que nós pensamos ser um asteroide, pode na verdade ser uma nave espacial.”
Ele também disse que podem haver provas em pontos distantes no espaço de antigas civilizações alienígenas que foram embora quando algo deu errado.
Sr. Forgan faz parte de um painel de cientistas britânicos que desejam ver mais trabalhos sendo feitos no Reino Unido através da SETI.
Ele acha que vale a pena prosseguir a pesquisa, mesmo se nós falharmos e nunca encontrarmos ninguém.
Ele disse: “Se nós descobrimos que éramos os únicos em 10.000 anos-luz – isso iria mostrar o quão especiais e únicos nós somos e poderia até mudar a nossa forma de tratar a Terra.”
A imagem acima descreve como funciona a busca por vida alienígena (SETI). “O SETI é mais do que à procura de sinais de rádio.
Ele está à procura de luz laser, detecção de mineração asteróide com infravermelho, busca de poluição em ambientes extrasolares, detecção de mega-estruturas artificiais em trânsitos nos exoplanetas, poluição deliberada de atmosferas estelares, sondas monitorando o sistema solar exterior, busca de ruínas em civilizações destruidas…
No entanto, ele acredita que provavelmente não somos tão especiais e que outros possam existir lá fora.
Jill Stewart, editor da revista acadêmica Space Policy (Política Espacial) disse: “Eu acredito que a vida inteligente tenha evoluído em algum outro lugar do universo. Seria arrogante não pensar isso, mas durante a nossa vida, eu não acho que vamos conseguir fazer contato com eles. Mas eu sou a favor da SETI ativa porque precisamos olhar para fora ao invés de olhar para dentro.”
Seus comentários foram feitos no Festival Britânico de Ciência na Universidade de Bradford, onde foram levantadas preocupações sobre as tentativas dos cientistas da SETI para tentar enviar mensagens para algum alienígena.
Dr. Anders Sandberg, do Future of Humanity Institute na Universidade de Oxford, disse que os seres humanos devem ser extremamente cuidadosos com o tipo de mensagens enviadas para o espaço, pensando na possibilidade de, por um acaso, enviarmos um vírus de computador.
Ele disse: “O exemplo clássico de uma mensagem seria uma série de pulsos que mostraram números binários, DNA, um esboço do Sistema Solar ou o número de seres humanos”.
“Mas acontece que há alguns problemas de segurança. Línguas podem esconder muitas informações. Estamos preocupados com o malware sendo enviado aos alienígenas.
“Eu estou dividido se essa é uma boa ideia ou não. Eu vejo alguns problemas. Sou a favor de irmos além. Mas eu posso ver tudo acontecendo dos dois jeitos. Algumas pessoas pensam que já estamos poluindo o universo com novelas.”
Placa que foi colocada na nave espacial Pioneer 10, lançada em 1972: a intenção era mostrar a origem do artesanato e os habitantes da Terra.
A última mensagem enviada para o espaço
Ms Stewart disse que a mensagem hoje em dia poderia ser vista como sexista, portanto, qualquer nova mensagem precisaria de uma revisão radical.
A placa mostra um homem levantando a mão em uma forma muito máscula, enquanto uma mulher está atrás dele, parecendo submissa, disse ela. Nós realmente precisamos repensar e mudar isso na próxima mensagem enviada. Muitas atitudes mudaram em apenas 40 anos.