O governo dos Estados Unidos foi informado de que um ataque nuclear da Coreia do Norte poderia devastar mais de 90% da população americana em um ano. A informação foi divulgada pelo site Washington Examiner, com base em documentos presentes no site da Casa Branca.
O diagnóstico foi obtido a partir de pesquisadores relacionados à recém-extinta EMP Comission, que busca entender os possíveis danos de um ataque nuclear EMP (abreviação de pulso eletromagnético). O então presidente da comissão, William Graham, e seu ex-chefe de gabinete, Peter Vincent Pry, afirmam que um bombardeio desse teor poderia gerar um “cenário apocalíptico”.
O relatório feito pela comissão descreve: “Com o desenvolvimento de pequenos arsenais nucleares e mísseis de longo alcance por novos e radicais adversários dos Estados Unidos – começando pela Coreia do Norte -, a ameaça de um ataque nuclear contra os Estados Unidos torna-se uma das poucas maneiras pelas quais a Coreia do Norte poderia causar danos devastadores à América”.
Segundo a EMP Comission, a Coreia do Norte “poderia usar um satélite para transportar uma bomba nuclear sobre a região do Polo Sul e detoná-la. Nos Estados Unidos, criaria um pulso eletromagnético imenso. O resultado poderia ser o desligamento da rede elétrica dos Estados Unidos por um período indefinido, levando à morte de até 90% de todos os americanos dentro de um ano”.
‘Evolução’
A EMP Comission recomenda que o assunto seja tratado de forma “crítica e existencial, em alta prioridade”. A comissão afirma, ainda, que os Estados Unidos ignoram outros sinais de alerta há anos e que a Coreia do Norte tem evoluído muito em termos militares, mas que ainda não é tarde para observar os movimentos do país.
“Seis meses atrás, a maioria dos especialistas achava que o arsenal nuclear da Coreia do Norte era primitivo. Alguns acadêmicos alegavam que havia apenas 6 bombas atômicas. Agora, a estima-se que a Coraia do Norte possua 60 armas nucleares”, afirmaram os membros da comissão.
Os alertas foram dados, em especial, porque a EMP Comission foi extinta pelo governo dos Estados Unidos. Aparentemente, a gestão de Donald Trump não se importa muito com o que foi descoberto pelos especialistas.