Muitos cidadãos brasileiros reclamam da alta carga tributária de nosso país, muito por conta do simples fato de pagarmos muitos impostos e não vermos muito retorno por parte do governo. Mas saiba que em alguns lugares do mundo, muita gente precisa pagar algumas taxas que são um verdadeiro absurdo. Já imaginou ter de pagar pelo simples fato de ter um cachorro? Saiba que isso acontece por aí.
Confira abaixo 10 impostos absurdos que alguns países cobram de seus cidadãos.
10) Redes sociais – Uganda
Essa é o imposto mais recente que é cobrado nessa lista, pois entrou em vigor no dia 1º de junho deste ano. Em Uganda, seus cidadãos precisam pagar 200 xelins (cerca de 0,05 dólares) para utilizar redes sociais como Whatsapp, Facebook e Twitter a cada dia.
Yoweri Museveni, presidente de Uganda, disse que criou o imposto para evitar a disseminação de fofocas e mentiras pelas redes sociais e que sentiu a necessidade de proteger seu país desse problema. E, claro, a medida desagradou muita gente no país, que alegou ser uma forma de restringir a liberdade de expressão.
9) Ter um blog – Tanzânia
Quer ter um blog na Tanzânia? Se prepare para pagar 440 dólares por ano ao governo local. Esse imposto entrou em vigor em 16 de março deste ano.
E a lei também vale para quem faz uso de redes sociais, membros de fóruns, produtores de vídeos e podcasts, rádios e televisões onlines e assinantes de serviços de internet.
E para o caso de blogueiros e produtores de conteúdo, eles ainda precisam fazer um registro em um órgão regulador e precisam concordar que não irão publicar conteúdos como pornografia, nudez, violência, discurso de ódio, fake news e conteúdos cheios de palavrões.
8) Cães – Suiça
Você mora na Suiça e quer ter um cachorro? Saiba que você precisa pagar seu imposto sobre os animais, caso contrário, ele podem ser tomados de você. Esse imposto não tem valor fixo e varia de acordo com o tamanho do animal. Dependendo do lugar, cães guias e de emergência estão livres de pagamento.
Em alguns locais, os animais podem ser mortos se os seus donos não pagarem a taxa, que fica em torno de 50 dólares por ano.
7) Religião – Alemanha
Alemães que são católicos ou protestantes precisam pagar uma taxa para bancar suas igrejas. Ela varia entre 8% e 9% do que ganham por mês.
A única forma de não ter de pagar o imposto é deixar a igreja oficialmente. Só que isso acarreta em algumas desvantagens, como perder o direito de ter um funeral religioso ou matricular os filhos em escolas religiosas ou sob controle do Estado.
De qualquer forma, parece que muitos cidadãos alemães estão dispostos a perder esses benefícios, pois a cada ano, 100 mil pessoas abandonam suas igrejas no país.
6) Respirar – Venezuela
A Venezuela, na realidade, não taxa seus cidadãos pelo simples direito de respirar, algo mais que essencial para nossa sobrevivência. No entanto, passageiros do aeroporto internacional de Maiquetia, em Caracas, precisam pagar uma taxa de 127 bolívares (cerca de 20 dólares) para simplesmente respirar no local.
O governo explicou que essa taxa era necessária para bancar os custos do sistema que filtra o ar do local. Ele consegue evitar o crescimento de bactérias, o que protege a saúde dos passageiros. Claro, muitos venezuelanos fizeram piada com o fato. Há quem acredite que a medida foi adotada para evitar o fechamento do aeroporto, que vive afundado em dívidas.
5) Smartphons e Tablets – França
Em 2013, o governo francês considerou introduzir um imposto sobre smartphones e tablets. A taxa, que seria de 1% do valor do produto, seria usada para bancar filmes, músicas e outras coisas culturais. Muito acreditam que a medida, no entanto, seria uma forma de proteger a cultura francesa da influência dos filmes americanos.
O imposto chegou a ser colocado como pauta de votação no parlamento francês em novembro de 2013. Mas desde então, não existem notícias se o imposto foi aprovado ou não.
4) Subornos, objetos roubados e outras coisas ilegais – Estados Unidos
Se você é americano e possui lucros ilegais ou pagou algum suborno, saiba que o governo do país vai querer te taxar por isso.
Por incrível que pareça, o IRS, que seria a Receita Federal dos Estados Unidos, exige que atividades ilegais, como tráfico de drogas, e subornos sejam declarados.
Em casos de roubo, por exemplo, o ladrão precisa pagar uma taxa de acordo com o valor de mercado do item roubado. Mas ele não precisa fazer isso se devolver o objeto no mesmo ano que o roubou.
Sim, parece algo absurdo, mas é uma determinação que vale e muito por lá. O famoso gangster Al Capone, por exemplo, foi preso por evasão de impostos, justamente por não ter declarado suas atividades ilegais. E não por roubo, assassinatos e a venda ilegal de álcool, que era proibido na época.
3) Feitiçaria – Romênia
Feitiçaria e adivinhação são atividades muito comuns na Romênia, país em que muita gente ainda acredita nisso. Não existia nada que taxasse essas atividades, mas tudo mudou quando o governo local começou a entrar em crise.
Para conseguir mais dinheiro, o goveno criou imposto para diversas profissões. Isso incluia ocupações pouco usuais, como feiticeiros, videntes e astrólogos, bem como professores de mergulho e embalsamadores. Pela lei, os trabalhadores tinham de entregar 16% do que ganhavam para o governo.
A medida dividiu opiniões. Alguns feiticeiros até ficaram satisfeitos, pois passaram a ter reconhecimento oficial. Já outros detestaram e lançaram diversos feitiços contra aqueles que criaram o imposto.
2) Maconha – Estados Unidos
A legalização da maconha ainda é um assunto delicado nos EUA. 29 estados permitem sua venda apenas para fins médicos, enquanto que apenas 9 autorizam a venda para fins recreativos. Mas apesar disso, o governo americano considera a planta ilegal e o IRS exige o pagamento de impostos sobre ela.
E justamente por conta desse status ilegal, o IRS cobra impostos ainda maiores sobre as lojas que vendem maconha, que também não conseguem qualquer tipo de dedução.
Muitos estabelecimentos podem chegar a destinar quase 70% do que arrecadam apenas para o pagamento de impostos, o que varia de estado pra estado.
1) Televisão e Rádio – Alemanha
A partir de 1970, qualquer cidadão que tivesse um rádio ou uma televisão teria de pagar um imposto por elas. Ele está em vigor até hoje, custa 20 dólares por mês e é destinado às rádios e televisões que são bancadas pelo governo. Mas em 2013, a taxa virou motivo de polêmica, pois o governo exigiu que todos os cidadãos a pagassem, mesmo aqueles que não tinham um rádio ou TV em casa.
Muitos alemães saíram às ruas para protestar e alguns chegaram a processar o Beitragsservice, a Receita Federal alemã. Em resposta, o órgão ameaçou aplicar multas e pedir a prisão de quem não pagasse o imposto.
Alguns protestantes chamaram a taxa de “GEZ-tapo”, um trocadilho com GEZ (nome do imposto) com a Gestapo, a polícia secreta nazista.