Em 2019, tivemos a primeira foto real de um buraco negro. Agora, uma nova imagem do mesmo objeto mostra seu campo magnético atuando, em um claro avanço em relação ao que foi obtido há 3 anos.
Linhas podem ser vistas na parte mais iluminada ao redor do buraco negro, mostrando os fluxos de luz e gases que são emitidos para fora dele ao absorver a matéria que fica ao redor.
O buraco negro em questão fica localizado no centro da galáxia Messier 87 (M87), a 55 milhões de anos-luz da Terra.
Por meio de um filtro, pesquisadores conseguiram uma versão melhorada da foto feita do objeto em 2019, e agora podemos ter uma ideia ainda melhor de seu funcionamento. A singularidade possui bilhões de vezes a massa do nosso Sol.
Além de fornecer uma visão melhor, a nova imagem prova mais pontos a respeito de teorias do passado, que foram confirmadas com a primeira foto de dois anos atrás.
Os filamentos vistos na imagem correspondem aos padrões magnéticos pelo qual o excesso da matéria atraída para o buraco negro, cerca de 10% do total, é expelido em forma de gases quentes.
O campo magnético do buraco negro é absurdamente poderoso, a ponto de conseguir se equilibrar à força de sucção do objeto.
É através dessas linhas que a pouca matéria consegue escapar da singularidade, gerando a imagem alaranjada que rodou o mundo inteiro.
“Arroto” cósmico
Esse excesso de matéria que escapa através do campo magnético do buraco negro ainda é um mistério, já que os cientistas ainda não conseguem compreender totalmente por que o objeto não absorve toda a matéria que atrai.
No entanto, o conhecimento de como essas forças atuam pode ser o primeiro passo para entendermos todo o mecanismo de objetos desse tipo.
A natureza de um buraco negro impede que possamos observar de qualquer forma o que acontece dentro dele. Com isso, o jeito mais simples de entender como ele funciona é observando o que existe ao seu redor, como o campo magnético.