Caso Fátima Bernardes: conheça os tipos de câncer no útero e como tratá-los

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Após o anúncio da apresentadora Fátima Bernardes, que foi acometida com câncer de útero, muitas dúvidas surgiram sobre essa doença, mesmo sendo registrado 22 mil casos anuais desse tipo de tumor no país.

Poucas mulheres sabem que existem dois tipos de câncer nessa mesma parte do corpo: o câncer do colo do útero e o câncer no corpo do útero (também conhecido como câncer do endométrio).

Qual é a diferença entre os dois tipos de câncer no útero?

O câncer do colo do útero é causado pelo vírus HPV e corresponde a ¾ dos casos de câncer do útero no Brasil. Ele é mais comum em países de média e baixa renda e representa um problema de saúde pública.

Já o câncer do corpo do útero é mais comum no pós-menopausa, por conta de fatores como envelhecimento, exposição hormonal e obesidade, ou até mesmo por fatores genéticos.

No Brasil, 6.500 mulheres são diagnosticadas anualmente com câncer do corpo do útero em estágio inicial.

É importante estarmos atentos, já que os casos desse tipo de câncer estão aumentando ao redor do mundo. Nosso país se espera um aumento, isso acontece porque, além do envelhecimento da população, hoje, 50% da população feminina brasileira tem sobrepeso, e 20% é obesa.

Como tratá-los?

O câncer do colo do útero pode ser eliminado com a combinação de vacina contra o HPV e exame preventivo, conhecido como Papanicolau.

No Brasil, os postos de saúde pública têm a vacinação disponível para meninas de 9 a 14 anos e para meninos de 11 a 14, já que vacinar meninas e meninos antes do início da vida sexual pode parar a transmissão do vírus HPV.

Associando essa vacinação ao exame Papanicolau, que pode detectar a infecção e, também, está disponível na rede pública de saúde, será possível que o câncer do colo do útero deixe de ser um problema de saúde pública no Brasil.

O câncer do corpo do útero, ou câncer do endométrio, quando diagnosticado em seu estágio inicial, é possível fazer cirurgia em que útero, trompas e ovários são retirados.

Todos os meios cirúrgicos estão disponíveis no sistema de saúde brasileiro, até mesmo a robótica, que é feita em centros de excelência, como o Instituto Nacional do Câncer.

Já os casos com diagnósticos intermediários podem ser tratados com quimioterapia, radioterapia ou uma combinação das duas. Quando o caso se encontra em metástase, há soluções medicamentosas, como quimioterapia, imunoterapia e drogas-alvo.

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