Colisor de hádrons pode ter criado matéria nova, segundo cientistas

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Tecnicamente, um colisor de hádrons poderia ser capaz de criar matéria a partir do choque de partículas em seu interior, mas isso nunca tinha sido testemunhado.

Aparentemente, só agora a teoria de Einstein foi observada na prática, com um grande colisor de partículas sendo usado para criar matéria a partir de luz, ou mais especificamente, de fótons, algo que parecia ser impossível.

O processo é chamado de Breit-Wheeler, em homenagem a seus teorizadores, em 1934, mas nunca foi observado em um colisor de hádrons, embora seja aceito pela comunidade científica como provável.

Isso porque simplesmente não havia tecnologia suficiente para fazê-lo funcionar, já que seria necessário carregar fótons com muita energia, basicamente transformando-os em lasers de raios gama.

Isso, de fato, ainda não é possível, mas pesquisadores do Laboratório Nacional de Brookhaven encontraram uma forma de visualizar o processo de Breit-Wheeler em um colisor de hádrons.

Usando íons de ouro energizados, com suas cargas negativas quase totalmente eliminadas, os pesquisadores aceleraram essas partículas a uma velocidade equivalente a 99.995% a da luz.

Dessa forma, o que os cientistas obtiveram no colisor de hádrons foi um choque de fótons virtuais, já que os íons de ouro geram um campo magnético que tem fótons ao entrar em contato com o campo perpendicular do colisor.

Apesar de serem partículas virtuais, foi possível observar que o processo de Breit-Wheeler ocorreu, como se estivessem lidando com fótons reais. O “virtual” aqui é usado por causa da velocidade absurda a qual os íons circularam.

Colisor do que?

Um colisor de hádrons, também chamado de acelerador de partículas, é um equipamento que consegue fornecer energia a um feixe de partículas subatômicas, fazendo com que elas se movimentem a grande velocidade.

Indo em sentidos opostos, essas partículas se chocam, dando origem a outras menores, ou, como no fenômeno observado, a novas partículas de matéria.

O maior e mais importante deles é o chamado LHC, sigla em inglês para Grande Colisor de Hádrons. Ele fica localizado no subsolo, em uma parte da fronteira entre a Suíça e a França, sendo administrado pela União Europeia.

Por seu tamanho impressionante, ele consegue acelerar as partículas a velocidades enormes, próximas às da luz.



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