Um deserto de gelo e clima imprevisível pode não ser o lugar favorito da maioria das pessoas para se viver, mas isso não significa que não haja calor humano na Antártida. O continente é repleto de bases de pesquisa onde cientistas do mundo inteiro realizam seu trabalho. A população pode variar entre mil e 8 mil pessoas dependendo da época do ano, com mais gente indo para lá no verão.
Viver na Antártida é antes de qualquer coisa um desafio. São raríssimos os voos para lá e o acesso em geral é feito de navio. A maioria das pessoas chega até o continente através do sul da América do Sul, partindo do Chile ou da Argentina, já que esse é o ponto mais próximo da Antártida. O desafio está em enfrentar o traiçoeiro Mar de Drake, uma das regiões oceânicas com as piores condições meteorológicas do mundo.
Chegando lá, o único destino possível é uma das bases científicas, construídas cuidadosamente em locais próximos de fontes de água doce, tentando causar o menor impacto possível ao frágil ambiente. As temperaturas na Antártida variam entre 10 e 60 graus negativos e cair na água por lá é uma péssima ideia, já que a temperatura poderia matar uma pessoa em segundos.
Vale a pena o esforço?
Apesar do clima inóspito, pesquisadores de vários países, incluindo o Brasil, continuam indo para lá. A Antártida contém 70% da água doce do mundo, além de um ecossistema único, informações importantes sobre a saúde do planeta e, na pior das hipóteses, paisagens de tirar o fôlego.
No mais, a vida por lá não é só de trabalho. Alguns cientistas se mudaram para a Antártida levando a família inteira junto e frequentemente acontecem shows de música, competições esportivas entre os habitantes e até mesmo relacionamentos são bastante comuns, até mesmo pela escassez de pessoas de um modo geral. Partiu polo sul?