Em 1970, o Brasil conquistou a Copa do Mundo de futebol pela terceira vez, ganhando o direito de ficar definitivamente com a taça Jules Rimet.
No entanto, 13 anos depois a taça, de 30 centímetros de altura e 4 quilos, sendo 1,5 quilo de ouro puro, foi roubada e derretida em uma história típica de certas coisas que só acontecem no Brasil. E ela nunca foi recuperada.
A taça Jules Rimet original ficava em exposição na sede da CBF, enquanto uma réplica ficava trancada em um cofre, com a intenção de enganar potenciais ladrões.
Só que essa informação acabou vazando e, em 19 de dezembro de 1983, três homens renderam um segurança e roubaram a taça da Copa do Mundo, além de outros 3 troféus da Seleção Brasileira.
O episódio gerou comoção nacional, com até mesmo o ex-jogador Pelé pedindo publicamente para que a taça fosse retornada.
Após cerca de um ano de investigação, descobriu-se que ela havia sido derretida e os responsáveis pelo roubo foram presos, apenas para serem liberados pouco tempo depois. O responsável por derreter a peça nunca foi sequer acusado do crime, sendo preso anos depois por tráfico de drogas.
Em 1984, a Fifa autorizou a fabricação de uma nova taça Jules Rimet, nos moldes da original, que foi entregue ao então presidente da república, João Figueiredo.
Desde 1974, os vencedores da Copa do Mundo já passaram a ser premiados com um novo troféu, a chamada Taça Fifa.
O primeiro vencedor da Copa do Mundo
O troféu Jules Rimet foi nomeado em homenagem ao então presidente da Fifa, que estabeleceu a Copa do Mundo em 1930.
Foi ele que definiu que o primeiro país a conquistar o troféu por três vezes teria o direito de mantê-lo em definitivo. O Brasil realizou o feito em 1958, 1962 e 1970.
Com a atual Taça Fifa, no entanto, as coisas são diferentes. A Alemanha é o único país a conquistá-la três vezes, em 1974, 1990 e 2014, mas não é dado a ela o direito de guardar o troféu em definitivo.
Todos os vencedores recebem réplicas em bronze banhado a ouro.
