Foi confirmado pelo Instituto Butantan, em São Paulo, que a vacina Coronavac, de tecnologia chinesa, possui 78% de eficácia contra a covid-19.
Os números são promissores e parece que finalmente teremos a vacina no Brasil em breve. Embora perca em eficácia quando comparada com outras vacinas, a Coronavac tem uma tecnologia que permite fácil adaptação caso o vírus sofra mutações.
A vacina foi confirmada como sendo segura e produz uma resposta de imunidade contra o novo coronavírus. Ela evita mortes e casos graves com taxa de eficácia de 100%, protegendo 78% de qualquer sintoma da doença.
O Instituto Butantan já enviou para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) um pedido para que a vacina seja usada com total permissão. A resposta sai em até 10 dias.
A Coronavac funciona com uma tecnologia já conhecida, que utiliza vírus inativados por calor ou produtos químicos.
Esses exemplares inativos são injetados no corpo, que reconhece os vírus e cria anticorpos para lidar com eles, destruindo-os. Dessa forma, o sistema imunológico “memoriza” o que é necessário para combater o vírus em caso de infecção.
Por estar inativo, o vírus presente na vacina não causa a infecção e é rapidamente destruído pelas células do corpo, que “aprendem” a se defender dele. Assim, é impossível que uma pessoa contraia covid-19 ao receber a vacina Coronavac.
Plano de vacinação
O governo do Estado de São Paulo pretende começar a vacinação em 25 de janeiro.
Grupos de risco, como idosos, profissionais da saúde, indígenas e quilombolas, serão os primeiros a receber a primeira de duas doses que devem compor a vacina. Basta que a Anvisa libere a aplicação para que os primeiros preparativos comecem a ser feitos.
Enquanto isso, o governo federal ainda não tem perspectiva de início da campanha de vacinação, mas é bem provável que a Coronavac seja distribuída a outros estados, por iniciativa de seus governos.
Em São Paulo, qualquer pessoa, mesmo vindo de fora, poderá ter acesso a vacina.