Em 2018, a Organização Mundial da Saúde (OMS) previu a chegada de uma “doença X” que resultaria em uma pandemia. Seria essa doença X o coronavírus?
Todas as características da doença hipotética se encaixam com o que se sabe sobre o Covid-19 e espanta saber que não houve muita preparação para a chegada eminente da doença. Isso se aplica não só ao Brasil, mas a todo o mundo.
Há cerca de dois anos, a OMS ouviu especialistas a respeito de doenças que deveriam ser prioridade por parte dos governos e pesquisadores.
Além das já conhecidas ebola, zika e outras, havia ainda uma hipotética doença X, que segundo comunicado oficial da OMS seria “uma séria epidemia internacional que pode ser causada por um patógeno atualmente desconhecido, capaz de causar doenças em humanos”.
Agora, os mesmos especialistas estão convencidos de que a Covid-19 é a pandemia prevista em 2018. As principais características compartilhadas pela hipótese da doença X e o coronavírus são relacionadas aos números.
A doença X descrevia uma pandemia, ou seja, uma epidemia que não ficaria localizada em uma região ou mesmo em um continente, mas alcançaria todo o mundo.
Pensava-se também que a doença X viria de algum patógeno originalmente animal e que também seria uma doença respiratória, exatamente como a pandemia que estamos presenciando neste momento.
Na época, o estudo da OMS teve relevância, mas parece que não a ponto de fazer o mundo se preparar para o que viria.
Financiamento
Segundo os especialistas, há erros e acertos na forma em que o mundo se preparou para a pandemia de coronavírus. Entre os acertos está o reconhecimento da pandemia, que variou de acordo com cada país, mas de forma geral, foi feito rapidamente.
O sequenciamento do genoma do vírus pelos chineses também foi eficiente e as pesquisas para remédios e vacinas já estão a todo vapor.
O que acaba freando o desenvolvimento de qualquer tipo de tratamento são as finanças. Os recursos existem e a cura será alcançada, mas há pouco investimento na área, o que torna tudo muito burocrático e lento.
Uma pandemia como essa pode ser uma oportunidade para que governos do mundo inteiro aprendam que é melhor prevenir do que remediar.