Crânio explodido? Vítimas do Vesúvio tiveram uma morte terrível, diz estudo

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Em agosto do ano 79, ocorreu a famosa erupção do Monte Vesúvio no sul da Itália, que dizimou as cidades de Pompeia e Herculano. Esse evento é lembrado até hoje por muitos historiadores, mas uma nova pesquisa acaba de revelar que as vítimas podem ter morrido de uma forma terrível e inimaginável.

Arqueólogos da Universidade de Napóles Federico II analisaram os ossos recuperados de uma câmara a beira-mar de Herculano e encontraram resíduos de um estranho mineral vermelho e preto, que estava presente até mesmo no interior dos crânios e das cinzas que estavam em volta dos esqueletos recuperados do local.

A partir de análises, os pesquisadores notaram que esses resíduos contêm ferro e óxidos de ferro. Assim, foi possível chegar à seguinte conclusão: muitos moradores das duas cidades podem ter morrido por conta do calor gerado pelo Vesúvio, que literalmente cozinhou o sangue e os fluidos corporais das vítimas.

E isso também pode ter resultado até mesmo na explosão de seus crânios como consequência do aumento na pressão. Uma forma horrível de se morrer, não é mesmo?

“Pela primeira vez, temos evidências experimentais convincentes que sugerem a rápida vaporização dos fluidos corporais e tecidos moles das vítimas de Herculano, por conta da exposição ao calor extremo”, relataram os pesquisadores.

A própria pesquisa não deixou bem claro como que esses resíduos de ferro foram parar nos ossos, já que alguns exemplares estavam próximos de objetos de metal, como moedas e anéis.

No entanto, o antropólogo forense Pier Paolo Petrone e seus colegas também notaram esses resíduos em partes que não tiveram contato com metais, o que levanta a hipótese de se tratar de resíduos de ferro presentes no sangue, que se degradaram por conta do calor extremo vindo do Vesúvio.

As ruínas de Pompeia, e ao fundo, o Monte Vesúvio. Fonte: Wikipedia
As ruínas de Pompeia, e ao fundo, o Monte Vesúvio. Fonte: Wikipedia

Acredita-se que a erupção pode ter resultado em uma onda de calor que viajou a uma velocidade entre 100 e 300 km/h, com temperaturas entre 200 e 500 graus, o suficiente para matar uma pessoa quase que instantaneamente.

O que também dá sustentação a essa hipótese é que muitos crânios apresentavam diversas fraturas e marcas de carbonização, que é a combustão incompleta de algum material, o que indica a exposição a um calor extremo.

O Vesúvio ainda é um vulcão em atividade e sua erupção mais recente ocorreu em 1944. Aproximadamente três milhões de pessoas vivem em seu entorno atualmente. E com certeza, elas torcem para que nada semelhante ao que aconteceu no passado se repita novamente.



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