Cratera gigante na Sibéria revela como era o mundo há 200 mil anos

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O derretimento do permafrost, a camada de gelo permanente na Sibéria está causando o surgimento de uma série de crateras por erosão. Uma dessas crateras em especial tem revelado segredos sobre o passado.

A cratera Batagaika tem 1 quilômetro de comprimento e 86 metros de profundidade. Conhecida pelos habitantes da região como “porta para o submundo”, ela está se expandindo em uma velocidade incrível e revelando florestas inteiras e fósseis de datas tão longínquas quanto 200 mil anos atrás.

Dentro da cratera, já foram encontrados esqueletos de bois, mamutes e um cavalo de 4400 anos. Uma das camadas também possui grande concentração de madeira fossilizada, o que indica a presença de uma antiga floresta na região.

Além disso, os cientistas têm acesso agora a uma linha do tempo de uma boa parte da história geológica da Sibéria, algo do qual se tem pouca informação atualmente, devido ao permafrost. Os dados são úteis para que se entenda o processo de derretimento do permafrost, que já aconteceu no passado e está começando a acontecer agora.

Batagaika continua crescendo entre 10 e 30 metros a cada ano, dependendo da quantidade de calor. Em breve, uma de suas paredes deve alcançar um vale próximo, o que vai transformá-la em uma cratera ainda maior.

Gases estufa e o derretimento do permafrost

O crescimento de crateras como Batagaika torna mais próximos da superfície os bolsões de gás carbônico que ficam debaixo da terra, resultado de milhares de anos de decomposição. Se tratam de gases inflamáveis, o que pode oferecer riscos para a população próxima.

Esses gases do efeito estufa também representam uma ameaça para todo o planeta, já que sua liberação na atmosfera acaba acelerando o efeito estufa. Estima-se que debaixo de todo o permafrost exista uma quantidade de gás carbônico igual a que já existe na atmosfera.



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