Crianças separadas dos pais podem sofrer danos cognitivos permanentes

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Recentemente, o mundo ficou chocado com as medidas tomadas pelo governo dos Estados Unidos em relação aos imigrantes, quando crianças foram separadas de seus pais na fronteira. O trauma nos pequenos pode ser grande e eles podem sofrer as consequências disso pelo resto da vida.

Médicos da Academia Americana de Pediatria e outras organizações ligadas à área da saúde infantil afirmam que a medida pode impactar negativamente e de forma bem grande no desenvolvimento das mais de 2300 crianças que foram separadas dos pais imigrantes.

A separação seria responsável por causar o que os especialistas chamam de “stress tóxico”, algo relativamente comum, mas que costuma durar pouco tempo. Acontece que quando as crianças, que ainda não possuem o cérebro totalmente desenvolvido, são submetidas a situações de medo ou tensão extrema, o corpo reage e é geralmente os pais e responsáveis que as apoiam e acalmam.

Na ausência dos pais, essas crises de stress são duradouras e os efeitos delas podem incluir problemas cardíacos, diabetes, dificuldade de aprendizado, depressão e vários outros problemas. Vale lembrar que muitas dessas crianças já estão fugindo de seus países por viver situações de pobreza e violência extrema, ou seja, antes de chegar à fronteira americana, já estão tendo crises de stress tóxico.

Os malefícios causados pela separação dos pais e filhos podem ser comparados aos efeitos de abusos físicos e mentais, inclusive em nível de intensidade.

Tolerância zero

As medidas adotadas contra imigrantes ilegais pelo governo de Donald Trump estão dividindo opiniões não só nos Estados Unidos, mas em todo o mundo. Além de separar pais e filhos menores de idade, as crianças são recebidas em abrigos do governo onde dormem em espécies de grandes jaulas e ganham uma manta térmica para se proteger do frio durante a noite.

Após muita pressão popular, Trump determinou que os pais não serão mais presos e as crianças não serão mais levadas aos abrigos do governo, mas a família deve se apresentar perante a justiça americana. No entanto, a situação das 2300 crianças já abrigadas ainda continua a mesma.



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