A cura para o câncer pode estar nos tubarões-brancos; entenda

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Tubarões-brancos são geralmente lembrados como assassinos, embora de forma injusta. O que pouca gente sabe é que eles podem, na verdade, ajudar a salvar vidas, colaborando com pesquisas que tentam encontrar a cura para o câncer, além de outras doenças, geralmente as que são associadas ao envelhecimento. O segredo está no DNA dos predadores marinhos.

Cientisdas da Save Our Seas Foundation Shark Research Centre, da Nova Southeastern University, no estado americano da Flórida, encontraram no DNA dos tubarões algumas mutações que acabam protegendo os peixes do câncer e de outras doenças. Essas mutações podem fornecer pistas importantes para o tratamento dessas enfermidades em seres humanos. As mutações são fruto de 16 milhões de anos de evolução, algo que estamos ainda bem longe de alcançar.

A longa existência dos tubarões-brancos na face da Terra fez com que seu organismo evoluísse até atingir um nível onde danos genéticos, como aqueles que causam o câncer e outras doenças associadas ao envelhecimento, fossem corrigidos pelo próprio corpo do animal, em uma espécie de autorregulagem conseguida através dos milênios. O estudo de como isso funciona com esses animais pode trazer grandes avanços na forma com que esses problemas são tratados em seres humanos.

Essas habilidades adquiridas pelos tubarões-brancos com o tempo permitem que eles se recuperem também de ferimentos de forma muito rápida e eficiente. São tantas adaptações e melhorias genéticas naturais ao longo do tempo, que o DNA desses animais tem uma sequência aproximadamente uma vez e meia maior do que o nosso. Portanto, ainda há muitos segredos a serem descobertos.

Nem todo herói usa capa

A pesquisa promete trazer avanços não só em relação a uma eventual cura para o câncer, mas também ajuda a melhorar a imagem dos tubarões-brancos, que muitas vezes recebem uma reputação de verdadeiros vilões dos mares. São grande predadores, é verdade, mas pessoas que tiveram um contato mais intenso afirmam que não sentiram medo ao se aproximar.

Além disso, esses animais ajudam na evolução das espécies de peixes que caçam, ao comer apenas os indivíduos menos aptos para a sobrevivência da espécie. Como se não bastasse, são considerados fundamentais para frear o aquecimento global, já que costumam comer peixes menores e que produzem grande quantidade de dióxido de carbono, o principal dos gases estuda.



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