O horário de verão desperta o amor e o ódio dos brasileiros e sua continuidade tem sido questionada já há alguns anos. Será que adiantar o relógio em uma hora ainda vale a pena? A economia de energia já não é tão eficiente como foi no passado e o debate sobre a eficácia da medida está acontecendo em vários países do mundo.
No Brasil, o horário de verão só vigora nos estados das regiões sul, sudeste e centro-oeste, justamente os que estão mais longe da linha do equador e, por tanto, possuem mais variações no horário do nascer e do pôr do Sol ao longo do ano. Ele foi adotado por aqui pela primeira vez em 1931, mas tem ocorrido anualmente apenas desde 1985.
O objetivo principal é a economia de energia elétrica, já que o horário faz com que haja luz do Sol até mais tarde. Acontece que segundo o setor energético, o ganho já não é mais tão expressivo como há alguns anos, embora ambientalistas afirmem que qualquer economia, por menor que seja, ainda é benéfica.
Atualmente, está tramitando no Senado um projeto de lei que extingue o decreto do horário de verão. A medida, proposta pelo senador Airton Sandoval, do MDB de São Paulo, está em votação no site da casa e até agora a população tem se mostrado favorável à extinção da alteração de horário.
Em 2018, o horário de verão teve início no dia 4 de novembro, mais tarde do que de costume, devido às eleições. Ele deve terminar no dia 17 de fevereiro de 2019.
No resto do mundo
A medida não é polêmica apenas no Brasil. O horário de verão também é assunto de debate na União Europeia, onde países mais ao norte estão mais inclinados a mantê-lo, enquanto os outros votam por extingui-lo, devido às diferenças na variação de luminosidade durante o ano. No mundo todo, atualmente 70 países adotam a medida. Entre os que não adotam, destacam-se o Japão, a China e a Índia, que estão entre as maiores populações do mundo.
Um caso curioso é o da Rússia, que em 2014 decidiu fazer uma experiência e manteve o horário de verão durante todo o ano. Os resultados não foram muito bons, com relatos de vários tipos de problemas na rotina das pessoas, incluindo questões de saúde e até mesmo acidentes de trânsito causados pelo sono desregulado dos motoristas.