GJ 1132 b é um exoplaneta localizado relativamente perto do Sistema Solar. Ele perdeu sua atmosfera, mas conseguiu ganhar uma nova.
O segredo por trás dessa renovação está em erupções vulcânicas, embora ainda não se entenda completamente como um planeta consegue perder e ganhar uma atmosfera aparentemente sem maiores danos para seu equilíbrio.
A observação do fenômeno não é apenas nova, como também oferece aos cientistas uma oportunidade interessante, já que através da atmosfera podemos entender mais sobre a composição do magma do exoplaneta.
Além disso, é esperado que outros planetas do mesmo tipo e composição sejam capazes de realizar o mesmo processo de renovação da atmosfera.
A observação foi feita quando o exoplaneta passou entre a posição da Terra e de sua estrela, a anã vermelha GJ 1132.
A surpresa foi observada quando a luz da estrela, parcialmente obscurecida pela sombra do exoplaneta, foi recebida na Terra com algumas interferências em suas ondas, causadas pela presença de uma atmosfera no planeta, que possui uma composição diferente do que se poderia esperar.
Inicialmente cogitada como possuindo apenas hidrogênio, a atmosfera do GJ 1132 b possui uma complexa mistura de hidrogênio, cianeto de hidrogênio, metano e amônia, além de uma camada de hidrocarbono que deixaria o aspecto do lugar similar ao de um smog, quando ele acontece na Terra.
Aliás, as semelhanças com o nosso planeta não param por aí.
Meio-irmão da Terra
Descoberto em 2015, o exoplaneta GJ 1132 b foi recebido com festa pela comunidade científica. Localizado a apenas 41 anos-luz do Sistema Solar, ele possui massa e tamanho um pouco maiores que o da Terra, e é um planeta rochoso, como o nosso.
No entanto, apesar de sua estrela ser menor e mais fraca do que o nosso Sol, o planeta é bem mais quente e recebe muito mais radiação.
Foi essa radiação a responsável por eliminar sua atmosfera. O exoplaneta teria uma origem bem diferente da Terra, começando como um “pequeno Netuno”, ou seja, um gigante gasoso um pouco menor do que os nossos vizinhos.
A radiação teria lentamente jogado sua atmosfera para fora, sobrando apenas o núcleo rochoso.