Pesquisadores da Universidade do Illinois anunciaram a descoberta de um novo estado de matéria, o Excitônio. Sua existência vem sendo teorizada desde a década de 60, mas só agora os cientistas conseguiram prová-la.
O estudo foi publicado na revista Science e foi conduzido pelo professor de física Peter Abbamonte e sua equipe, com a colaboração de pesquisadores da Universidade do Illinois, Universidade da Califórnia, Berkeley e Universidade de Amsterdã.
O Excitônio se trata de um condensado de partículas compostas (bósons) denominadas excitons. Essas partículas são obtidas quando um elétron é “excitado” e “pula” para outro nível de energia, deixando um espaço vazio onde estava. Esse espaço vazio continua com carga positiva e atrai o elétron, agora negativo, formando a partícula composta.
O professor Abbamonte explicou em nota, a importância da descoberta. “Esses resultados têm significância cósmica. Desde que o termo ‘Excitônio’ foi criado na década de 60 pelo físico teórico de Harvard Bert Halperin, os físicos vêm tentando demonstrar sua existência. Teoristas têm debatido se o elemento seria um isolante, um condutor perfeito ou um super fluido — com alguns argumentos convincentes em todos os lados. Desde os anos 70, muitos pesquisadores publicaram evidências da existência do Excitônio, mas suas descobertas não eram provas definitivas e poderiam ser explicadas igualmente por uma fase de transição estrutural convencional”, explicou.
Resolvendo o quebra-cabeça da física quântica
A prova da existência do Excitônio joga luz em alguns pontos ainda não esclarecidos da mecânica quântica. Enquanto os físicos debatiam se a nova forma de matéria teria comportamento isolante, de super fluido ou de condutor perfeito, a descoberta atual provou que ele pode se comportar dessas 3 maneiras ao mesmo tempo.
Ainda não se sabe os reais potenciais e possíveis aplicações do Excitônio, mas é provável que ele seja usado no desenvolvimento de computadores quânticos e tecnologias similares.