O mês de dezembro traz a última chuva de meteoros do ano. Conhecida como chuva das estrelas cadentes geminídeas, ela poderá ser vista de praticamente todo o mundo, inclusive do Brasil, a olho nu. O nome do fenômeno vem do fato de que os meteoros parecem vir da direção da constelação de Gêmeos no céu.
A chuva das geminídeas começou no dia 4 de dezembro e pode ser vista até o dia 17, mas é na sexta-feira, dia 14, que as estrelas cadentes devem ser mais visíveis no céu, facilmente identificáveis pela rapidez de seu movimento e a coloração amarelada. A Nasa afirma que é uma das chuvas de meteoro mais impressionantes que podemos ver da Terra.
A agência espacial americana também deu algumas dicas para quem pretende observar o ápice do fenômeno no dia 14. “Encontre o lugar mais escuro possível e aguarde cerca de 30 minutos até que seus olhos se adaptem à escuridão. Evite olhar para o celular, já que isso vai prejudicar sua visão noturna”, diz em um comunicado. É preferível esperar a Lua se por, pois sua luz pode ofuscar a luz dos meteoros.
O pico das geminídeas acontecerá as 10h30 da manhã no horário de Brasília, mas deve durar 24 horas. Embora seja visível em todo o mundo, o hemisfério norte deve poder acompanhar o espetáculo com mais facilidade.
Destroços de uma colisão
As estrelas cadentes geminídeas são pequenos objetos que são atraídos pela gravidade da Terra quando o planeta cruza, anualmente, a órbita de um objeto chamado 3200 Phaeton. Entrando na atmosfera, as pequenas partículas entram em combustão e temos então o espetáculo da chuva de meteoros.
Um outro objeto foi descoberto recentemente com uma órbita semelhante a do 3200 Phaeton. Isso leva os astrônomos a acreditar que as geminídeas sejam resultado de uma colisão entre esses dois objetos. Outra possibilidade é de que ambos formavam um só corpo, que por algum colapso, ou outro tipo de colisão, acabou se separando em duas metades.