Em janeiro de 2021, um personal trainer morreu de ‘overdose de café’, após consumir o equivalente a 200 doses. A overdose, que na verdade foi da substância cafeína, é raríssima de acontecer: este é o segundo caso relatado pela medicina na história.
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Segundo a autópsia realizada no corpo do personal trainer chamado Tom Mansfield, o rapaz ingeriu 392mg de cafeína em pó por litro de sangue – o que pode causar uma aceleração dos batimentos cardíacos, derrubando a pressão arterial e causando perda de consciência.
A causa da morte, na verdade, foi um grande e fatal equívoco: ele calculou mal a quantidade de um suplemento em pó de cafeína, que usava para melhorar o desempenho esportivo.
Tempos antes de Mansfield, foi relatado que o norte-americano Davis Allen Cripe teve uma arritmia ao consumir três bebidas de alto teor de cafeína em menos de duas horas.
Overdose de café
De acordo com o pesquisador sueco e toxicologista da Linköping University, Alex Wayne Jones, a overdose de cafeína é extremamente rara e envolve dosagens altas da substância em comprimido ou pós.
Além disso, Jones explica que o caso somente ocorre com bebidas se o consumo for equivalente a 30 xícaras de café em um curto período de tempo, podendo ocasionar vômitos, dores abdominais e convulsões.
A recomendação médica é de que o consumo de bebidas, como o próprio café ou cappuccino, seja de uma quantidade baixa ou se evite o excesso em pouco tempo.
O pesquisador sueco explica que, conforme um estudo conduzido, houve somente 51 mortes relacionadas à cafeína entre os anos de 1959 e 2010. A maioria dos casos foram por meio do consumo da substância em pó.
De acordo com a agência de saúde Food and Drug Administration (FDA), uma pequena colher de cafeína em pó pura pode equivaler a 28 xícaras de café, causando a overdose.
Sendo assim, os suplementos utilizados normalmente por atletas podem conter doses muito mais altas do que em xícara de café ou uma lata de energético, além de ser considerada pelos especialistas como a forma mais perigosa da substância.
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