Independência da Catalunha é aprovada, mas Espanha fará intervenção

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O Parlamento regional aprovou nesta sexta-feira (27) a independência da Catalunha, em desafio ao governo do primeiro-ministro Mariano Rajoy. Antes da votação em Barcelona, os congressistas contrários à secessão da Espanha abandonaram o plenário. Depois disso, os políticos partidários da separação decidiram realizar um voto secreto, na qual a vitória da separação se deu com grande margem.

No Senado em Madri, deve haver ainda nesta sexta-feira uma votação para que o governo Rajoy possa intervir na administração catalã a fim de impedir a secessão.

Os políticos catalães afirmam que têm um mandato para a independência, após um plebiscito. O governo Rajoy e a Justiça espanhola não reconheceram a votação popular.

Intervenção

O Senado da Espanha em Madri, por sua vez, votou para autorizar o governo do primeiro-ministro Mariano Rajoy a intervir na administração da Catalunha. A decisão é tomada pouco após o Parlamento catalão votar pela secessão regional.

Rajoy deve realizar uma reunião de gabinete nesta tarde para decidir quais medidas tomará para restaurar a legalidade constitucional na Catalunha.

Em discurso mais cedo, o premiê da Espanha havia prometido retirar o líder regional, Carles Puigdemont, da presidência regional. Segundo Rajoy, a intervenção direta na Catalunha poderia durar até seis meses. Fonte: Dow Jones Newswires.

‘Decisões’ serão tomadas

O primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, agradeceu o apoio dos senadores para a utilização do artigo 155 da Constituição do país, que abre caminho para uma intervenção na Catalunha.

Rajoy disse em declarações à imprensa que serão tomadas decisões “para restaurar a legalidade da Catalunha” já nesta tarde, quando haverá reunião de seu ministério. “O que ocorreu hoje no Parlamento da Catalunha é prova inequívoca da necessidade d e intervenção”, argumentou o premiê espanhol, em referência ao voto pela separação. “Não é possível a independência da Catalunha.”

O premiê disse que a Espanha se converteu nos últimos 40 anos “em um dos países mais prósperos do mundo” e pediu calma à população, dizendo que ele defenderá esse legado positivo.

Mais cedo, Rajoy havia dito que pretendia retirar o presidente regional, Carles Puigdemont, de seu posto, em uma intervenção para evitar a secessão.



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