Pensar no tamanho do universo não é uma tarefa fácil, nem exatamente nova. É fácil se perder em números que não dizem muita coisa, mas a ciência continua buscando respostas da única forma em que é possível mensurar o tamanho de algo tão grande.
E para isso, é impossível não recorrer aos números. Mesmo assim, nas estimativas mais altas, ainda estamos meio longe da verdade absoluta.
Oficialmente, o universo observável – que pode ser minúsculo perto do tamanho total – possui um diâmetro de 46 bilhões de anos-luz. Isso seria o equivalente a 540 sextilhões de milhas.
É difícil mensurar o quanto esse número significa e, mesmo que fosse possível, não seria uma coisa exatamente útil. Isso porque o universo, muito provavelmente, está se expandindo.
A expansão estaria ocorrendo desde o Big Bang, ou seja, é como uma explosão que não parou até agora e continua fazendo com que o universo aumente de tamanho em suas bordas – seja lá onde elas ficam.
Esse processo de expansão se torna um problema para calcular o tamanho do universo, pois também não sabemos exatamente a velocidade pela qual ele está se expandindo.
Um bom começo é pensar na idade do Big Bang, estipulada geralmente na casa dos 13,8 bilhões de anos.
Tendo isso como base, o que os cientistas buscam descobrir é um número conhecido como Constante de Hubble, que determinaria a taxa de aceleração pela qual o universo se expande. Mas isso não é nada fácil.
Nos confins do universo
A Constante de Hubble foi calculada pela primeira vez em 1929, mas desde então foi revista várias vezes, com valores alterados drasticamente.
Isso acontece porque existem várias formas de calculá-la e isso faz com que resultados diferentes apareçam. No fim das contas, nenhum deles pode ser tomado como “oficial”.
Um dos motivos para isso é que os cálculos da Constante de Hubble funcionam dentro do chamado Modelo Padrão da física e, recentes descobertas mostraram que esse modelo pode não estar exatamente correto, como todos imaginavam.
O universo, além do tamanho além de colossal, também parece funcionar de formas não totalmente compreendidas por nós. Enquanto isso, ele segue se expandindo.