Inteligência artificial passa em exame de entrada de universidade chinesa

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Uma máquina de inteligência artificial participou da seção de matemática do exame anual de admissão da universidade da China, terminando mais rápido do que os alunos, mas com uma nota um pouco abaixo da média.

A máquina de inteligência artificial – uma caixa preta alta contendo 11 servidores colocados no centro de uma sala de testes – participou de duas versões do exame realizados na província de Chengdu, Sichuan.

A máquina, chamada AI-MATHS, acertou 105 de 150 questões em 22 minutos. Os alunos têm duas horas para completar o teste, informou a agência oficial de notícias Xinhua. Em seguida, ela levou 10 minutos em outra versão do teste e obteve 100 acertos.

Os estudantes de arte liberal de Pequim, que fizeram o exame de matemática no ano passado, marcaram uma média de 109 acertos. As perguntas do exame e as respostas da máquina de IA foram mostradas em uma tela grande, enquanto três pessoas calculavam a pontuação.

A máquina de IA foi desenvolvida em 2014 por uma empresa baseada em Chengdu, Zhunxingyunxue Technology, usando tecnologias de “Big Data”, inteligência artificial e reconhecimento de linguagem natural da Universidade de Tsinghua.

“Espero que no próximo ano a máquina possa melhorar seu desempenho em raciocínio lógico e algoritmos computacionais e pontuar mais de 130”, afirmou o diretor-geral da companhia, Lin Hui, pela Xinhua.

“Este não é um teste para medir o desempenho final do robô. O objetivo é treinar a inteligência artificial para aprender a maneira como os humanos raciocinam e lidam com os números”, disse Lin.

A máquina participou do teste de apenas um dos quatro assuntos no exame de entrada, os outros três sendo um teste da língua chinesa, uma língua estrangeira e um teste abrangente de artes liberais ou de ciência.

Enquanto a IA é mais rápida com os números do que os humanos, ela tem problemas com a linguagem. “Por exemplo, o robô teve dificuldade em entender as palavras ‘alunos’ e ‘professores’ no teste e não conseguiu entender a questão, então marcou zero para essa questão”, disse Lin.

O teste foi a última tentativa de mostrar qual o desempenho da tecnologia de IA quando comparada com o cérebro humano. 

No ano passado, o algoritmo de computador do Google, AlphaGo, tornou-se o primeiro programa de computador a vencer um jogador de elite em uma partida completa do antigo jogo chinês.

AlphaGo ganhou novamente no mês passado, esmagando o melhor jogador do mundo, Ke Jie da China, em três jogos seguidos.

Os feitos de AlphaGo alimentaram visões de que máquinas de inteligência artificial não só podem realizar tarefas pré-programadas, mas também podem ajudar a humanidade a desvendar mistérios científicos, resolver problemas técnicos e médicos complexos de novas maneiras.

Fonte: Phys

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