A abelha de Wallace, nativa da Indonésia, é a maior espécie de abelha conhecida no mundo e era considerada extinta desde 1981. Felizmente, os pesquisadores estavam errados e o animal foi visto novamente depois de 38 anos, provando que ela sempre esteve lá, embora pareça absurdo o fato de que ninguém estava conseguindo encontrar um animal desse tamanho por todos esses anos.
Os maiores exemplares da abelha de Wallace medem até 6 centímetros de uma asa até a outra, sendo em média 4 vezes maiores do que as abelhas comuns, dessas que produzem mel. Elas vivem em ninhos de cupins construídos nas árvores e ocupam setores desses cupinzeiros, espaços que se tornam exclusivos das abelhas, já que nenhum cupim ousa bater de frente com uma abelha preta enorme.
Essa não é a primeira vez que a maior abelha do mundo é dada com extinta. Ela foi observada pela primeira vez em 1858, pelo biólogo Alfred Russell Wallace, que batizou a espécie. Outros exemplares só seriam vistos novamente em 1981 e desde então ninguém nunca mais viu um animal desses, ao menos até agora. A descoberta foi feita por um grupo de cientistas das mais variadas áreas, que em um esforço conjunto, conseguiram redescobrir a espécie, que infelizmente está ameaçada de se extinguir de verdade.
Agulha no palheiro
Para encontrar a maior abelha do mundo, os pesquisadores andaram por dias nas florestas das ilhas Muluku, no norte da Indonésia. Eles paravam a cada vez que encontravam um cupinzeiro e passavam pelo menos 20 minutos observando cada um deles, até que o guia indonésio do grupo foi o primeiro a ver o buraco característico, precisamente circular, que o animal costuma fazer nos ninhos.
Os cientistas agora pretendem estudar ainda mais a abelha de Wallace, já que o material científico sobre a espécie é muito escasso. Eles pretendem entender como funciona o sistema de localização da abelha, já que ela é muito maior do que as outras espécies, além da estrutura social dentro da colmeia.