Por algum motivo, a maioria dos brasileiros nasce entre os meses de março e maio, enquanto os meses de novembro e dezembro são os que menos recebem novos cidadãos no país. Cientistas e estatísticos se debruçam sobre essas informações e simplesmente não conseguem entender por que isso acontece, principalmente em relação a novembro e dezembro, quando nascem os “filhos do carnaval”.
A diferença entre os meses de março e dezembro, respectivamente os meses com mais e menos nascimentos é de aproximadamente 17% entre os anos de 1997 e 2017. Isso resulta em aproximadamente 840 mil nascimentos de diferença, segundo os dados do Sinasc, órgão do Ministério da Saúde que registra todos os nascimentos no país. Outros dados, como do IBGE, mostram a mesma oscilação entre esses meses, sendo esse o padrão desde a década de 90.
A grande questão a respeito desses dados é a enorme diferença entre os meses de pico de nascimentos e os períodos menos ativos nesse sentido. Todos os países possuem essa variação, mudando também a época do ano, no entanto, a diferença é muito grande no Brasil. A maioria dos países tem uma variação entre 5 e 8%, enquanto no Brasil, a diferença chega a quase 20% e os pesquisadores simplesmente não conseguem entender o motivo real disso. No entanto, existem algumas hipóteses.
Possibilidades
Entre as possibilidades levantadas pelos cientistas sobre a sazonalidade no nascimento dos brasileiros, as duas maiores incluem a abstinência de relações na quaresma, por motivos religiosos, além de uma alteração no nível de fertilidade de acordo com a época do ano, quantidade de luz solar disponível, além de outros fatores.
O fato é que os pesquisadores simplesmente não conseguem chegar a um veredito, até mesmo pela diferença entre as regiões do Brasil. Enquanto no nordeste e no sudeste essa sazonalidade é até maior do que a média nacional, alcançando 20%, a região norte chega a apenas 5% e tem setembro como mês de pico de nascimentos.