Até o final deste século, as águas dos oceanos devem ganhar tons mais fortes de azul e verde em todo o mundo. A razão tem relação com as mudanças climáticas, que afetarão também a temperatura da água. A alteração na cor não deve ser muito perceptível para os seres humanos, mas implica em grandes mudanças para a vida marinha de forma geral.
Todo o processo de mudança da coloração dos oceanos envolve o fitoplâncton, a grande massa de seres microscópicos que é a base da cadeia alimentar marinha. A presença e quantidade desses seres no mar pode variar de acordo com a temperatura da água e é aí que entra o problema para a vida marinha. Além de sua importância alimentar, o fitoplâncton também reflete a luz solar de maneira própria, sendo um dos responsáveis pela tonalidade do mar.
Quanto mais fitoplâncton, mais verde tende a ser a água, enquanto o azul escuro indica pouca quantidade dos micro-organismos. As mudanças climáticas devem diminuir ou aumentar a quantidade deles de acordo com a área do globo, aumentando os tons verdes ou azuis em vários lugares. De uma maneira geral, o azul tende a aumentar mais, já que o fitoplâncton deve diminuir no planeta.
Esses seres possuem ainda uma terceira importância além da alimentar e da coloração das águas. Eles ajudam a regular a temperatura no planeta através da fotossíntese e quando morrem, depositam carbono no fundo do mar, esfriando um pouco o globo.
Futuro próximo
A alteração na cor dos oceanos deve acontecer ainda nesse século, embora de forma bem sutil e ainda pouco perceptível para os seres humanos, no entanto, a diminuição na quantidade de fitoplâncton deve ter um grande impacto na cadeia alimentar marinha.
Esse impacto já seria grande em um hipotético aumento de 3 graus na temperatura média global. Desde o século XIX, o mundo já esquentou 1 grau e os especialistas afirmam que o aquecimento pode ficar mais rápido com o passar do tempo, caso nenhuma medida seja efetivamente tomada.
