Em dezembro de 2019, uma sonda da Nasa construída pela Boeing falhou na acoplagem com a Estação Espacial Internacional (ISS). As investigações acabaram de começar.
A cápsula, felizmente, não era tripulada, mas caso fosse, a falha poderia ter originado uma verdadeira catástrofe. Boeing e Nasa trabalham em conjunto para tentar descobrir o que aconteceu no momento.
A cápsula CST-100 Starliner, construída pela gigante da indústria aeronáutica, falhou em acertar sua órbita e fazer a atracação da forma correta na ISS, mesmo após um lançamento bem sucedido.
A falha, segundo a Nasa, foi um erro de timing do software da sonda, e afirmou que vai trabalhar em resolver esse problema, assim como outros que possam ainda não ter sido detectados.
A questão é que a Boeing pretendia realizar um novo lançamento de teste, antes que a nave venha a receber tripulação humana. Acontece que um novo teste seria não só demorado como também extremamente caro, fazendo com que a Nasa tomasse a frente e resolvesse tratar a questão por conta própria.
Apesar da falha de acoplamento e de grandes dificuldades na reentrada na atmosfera da Terra, a Starliner conseguiu aterrissar sem maiores problemas em White Sands, no estado americano do Novo México.
O pouso ocorreu seis dias antes do planejado, já que a sonda não conseguiu ser atracada à Estação Espacial Internacional.
Briga de gente grande
Há muito mais em jogo por trás dessa falha do que pode parecer. Desde 2011, a Nasa não fabrica mais cápsulas de transporte de astronautas para a ISS, utilizando desde então naves da Rússia para isso.
Porém, em 2014, a agência espacial americana contratou a Boeing e a SpaceX, de Elon Musk, para desenvolver novos modelos.
A Boeing recebeu a maior parte da verba, 4,2 bilhões de dólares, e a falha da Starliner representa o fracasso de todo esse projeto. A SpaceX, no entanto, não está em vantagem.A empresa de Elon Musk recebeu “apenas” 2,5 bilhões de dólares e sua cápsula explodiu em abril de 2019, em um teste ainda em terra.