A coleção de fenômenos estranhos de 2020 está ganhando mais um item: uma gigantesca nuvem de poeira do deserto do Saara está vindo para as Américas.
No momento, ela está em algum lugar do oceano Atlântico, no meio do caminho, e é tão grande que tem sido chamada pelos especialistas de nuvem “Godzilla”. As imagens feitas por satélites são bem impressionantes.
Nuvens de poeira vindas do deserto do Saara não são novidade. Elas acontecem com frequência, praticamente em todos os anos, e acabam afetando o clima no caribe e na porção norte da América do Sul.
Os ventos trazem um arco seco e cheio de partículas de areia do deserto, mas isso nunca foi tão intenso quanto nesta nuvem, que se formou recentemente.
Alguns locais nas ilhas caribenhas já começaram a notar diferenças na paisagem, especialmente no nascer e no pôr-do-Sol, onde as partículas de poeira acabam mudando a cor das nuvens e do céu, além de tornar a paisagem mais opaca. Essa é a nuvem de poeira mais densa dos últimos 50 anos, de acordo com os especialistas.
A nuvem “Godzilla”, assim como as outras menores, fica a uma altura de um a dois quilômetros da superfície. O fenômeno pode afetar desde o sul dos Estados Unidos até partes do rio Amazonas.
Todos os anos, 100 milhões de toneladas de poeira do deserto cruzam o oceano, mas raramente de forma tão intensa.
Vantagens e desvantagens
Uma nuvem de poeira como essa causa vários efeitos por onde passam, podendo ser bons ou ruins.
Entre as vantagens do fenômeno estão a regulação da atmosfera, os benefícios para o solo, que é coberto por partículas que colaboram para sua fertilização e até mesmo a vida marinha ganha com os nutrientes. Formações de furacões também acabam se enfraquecendo.
O problema fica com a saúde do ser humano. O ar seco, carregado de poeira, pode afetar a respiração e a pele, com especial cuidado para aqueles que possuem problemas respiratórios.
Em tempos de covid-19, o cuidado precisa ser redobrado, para que a nuvem de poeira não se transforme em um fator negativo na recuperação.
