Os atos mais perversos cometidos pela Ku Klux Klan

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A Ku Klux Klan causou caos nos Estados Unidos por mais de um século. Com mais de quatro milhões de afiliados, sua missão era simples: limpar o povo americano e erradicar a raça de “indesejáveis” (aqueles que não faziam parte do que eles consideravam raça branca pura). Abaixo seguem alguns dos atos mais perversos que foram cometidos pela Ku Klux Klan.

O linchamento de Jim Williams

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Após a Guerra Civil, os Estados Unidos passaram por um momento de recuperação intensa que ficou conhecido como Era da Reconstrução. Ainda abalados com a derrota, os radicais do Sul começaram a atacar brancos simpatizantes e negros livres, às vezes sem motivo algum. Jim Williams foi uma das vítimas.

Ele era um jovem líder em favor dos direitos civis e foi alvejado pela KKK por algum tempo. No fim da noite do dia 6 de março de 1871, um grupo de Klansmen arrastou Williams para fora de sua casa e a bombardearam. Esses homens amarraram então uma corda ao redor do pescoço de seu pescoço e forçaram-no a subir em uma árvore para se enforcar. Quando Williams se agarrou à árvore para escapar de sua queda, um dos Klansmen cortou seus dedos com uma espada, provocando sua queda e, consequentemente, sua morte.

O Massacre de Greensboro

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O massacre de Greensboro ocorreu em 3 de novembro de 1979, quando um grupo de afiliados do Partido dos Trabalhadores Comunistas se reuniram nas ruas de Greensboro, Carolina do Norte, com intuito de iniciar uma nova manifestação. Subitamente, alguns carros começaram a circular os manifestantes. Quando os manifestantes se rebelaram, os membros da KKK, juntamente dos membros do Partido Nazista Americano abriram fogo contra a multidão, matando cinco pessoas e ferindo outras cinco.

Após o massacre, os manifestantes alegaram que a polícia sabia que o Klan iria atacar durante a manifestação, mas não fez nada para impedir.

O assassinato de Harry T. Moore

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Harry T. Moore era um educador negro que participou da manifestação pelos direitos civis nos anos de 1930. Ele até estabeleceu seu próprio ramo da NAACP e serviu como secretário. Logo se juntou a protestos na luta pela igualdade salarial para professores na Flórida. Em pouco tempo, tornou-se um nome familiar para a Ku Klux Klan.

No Natal de 1951, Harry e sua esposa foram mortos por uma bomba plantada debaixo da sua cama. O FBI fez investigou os assassinatos na época, mas não encontrou nada. Cerca de 50 anos depois, o FBI concluiu que a Ku Klux Klan foi responsável pelo assassinato dos dois professores inocentes.

A morte de Madge Oberholtzer

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Madge Oberholtzer era uma jovem branca que ficou muito próxima do grande dragão da Ku Klux Klan, David Curtis Stephenson. Ela o encontrou durante sua festa de inauguração para discutir os rumores de que seu círculo de leitura seria fechado devido a cortes no orçamento. Stephenson flertou com ela e a chamou várias vezes para sair, mas ela sempre recusava. Depois de muita insistência, Oberholtzer finalmente concordou em jantar com ele e um dia, inclusive, participou de uma festa na casa de Stephenson.

Em 15 de março de 1925, Oberholtzer concordou em encontrar Stephenson em sua mansão. Lá, ela foi forçada a beber álcool até vomitar. Ela foi então sequestrada e brutalmente estuprada por Stephenson, que a mordeu selvagemente por todo o corpo. Não vendo outra saída, Oberholtzer engoliu comprimidos de cloreto de mercúrio para se envenenar. Por fim, acabou morrendo de infecção por estafilococos, proveniente das feridas que restaram em seu corpo depois das mordidas Stephenson, somada ao envenenamento por mercúrio.

O linchamento de Wyatt Outlaw

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Wyatt Outlaw era um homem mestiço, filho de um senhor de escravos. Não se sabe ao certo se Outlaw era um escravo ou um homem livre, mas ele se juntou o exército para lutar na guerra civil em 1864. Serviu no 2º regimento da cavalaria, as tropas coloridas dos EUA, até 1866. Após a guerra, tornou-se o primeiro policial negro da cidade.

Em uma de suas missões como o policial, Outlaw atirou em alguns Klansmen que tentavam intimidar os negros em Graham, na Carolina Norte. Os outros membros da Ku Klux Klan ficaram furiosos com essa notícia. Como vingança, foram até a casa de Outlaw e arrastaram-no para fora, levando-o até a praça da cidade onde foi linchado. Por fim deixaram uma mensagem enigmática em seu peito, que dizia: “Cuidado! Culpados, brancos e negros”.

O conflito violento em Pulaski

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Em janeiro de 1868, um grupo de membros da Ku Klux Klan se juntou para matar um homem negro chamado Calvin Carter. Ele, aparentemente, insultou a amante negra de um homem branco chamado Calvin Lamberth e daí começou a busca por ele. Em 7 de janeiro, Carter atirou no homem que avisava aqueles que estavam a sua procura. Nesse momento, a cidade de Pulaski, no Tennessee, virou um caos.

Carter foi encurralado em uma mercearia, junto com oito outros homens negros, por 18 Klansmen. Vários clientes estavam armados e enfrentaram os Klansmen. A polícia logo conseguiu controlar a situação, mas quando os clientes da mercearia foram embora, os Klansmen abriram fogo, matando Carter e um outro, e deixando vários feridos. Os Klansmen saíram ilesos.

O assassinato de John W. Stephens

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John W. Stephens foi senador da Carolina do Norte e teve uma morte muito dura e injusta causada pela Ku Klux Klan. Stephens serviu no exército confederado durante a guerra civil, mas não se envolveu em nenhum combate direto. Após a guerra, ele continuou seu trabalho como comerciante de tabaco. Ele foi apelidado de “Frango” Stephens por atirar em uma galinha sem razão alguma. Logo começou uma vida de política e foi muito odiado.

Em 1870, Stephens foi confrontado no tribunal local por um grupo de Klansmen e, para sua surpresa, eles estavam lá para matá-lo. Antes da morte Stephens fez um último pedido: que ele pudesse olhar pela janela para ver sua casa e seus filhos brincando. Uma vez que isso foi feito, os Klansmen seguraram-no, cortaram sua garganta, pegaram seu sangue em um balde e deixaram seu corpo no recinto.

O conflito violento em Tulsa

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Na década de 1920, a cidade de Tulsa, em Oklahoma, era cheia de empresários negros ricos, grande parte devido à descoberta de petróleo na área. Em 1921, um jornal branco relatou que um jovem negro havia tentado estuprar uma mulher branca em um elevador. O jornal pediu que o adolescente fosse enforcado. Muitos brancos e a Ku Klux Klan apoiaram a ideia. Essa notícia se espalhou para a comunidade negra, que se reuniu para impedir o linchamento do jovem.

Um tumulto começou. Os afro-americanos dispararam contra os brancos, esses que foram responsáveis pela morte de muitos homens e mulheres inocentes. Os sobreviventes negros alegaram que bombas foram lançadas em suas casas; que os policiais se juntaram à multidão e utilizaram metralhadoras para atirar contra os negros. Aproximadamente 20 brancos foram mortos. Já o número de afro-americanos mortos foi de 300. Infelizmente, todas as reivindicações de seguro que fizeram foram negadas.

A morte de Lemuel Penn

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Lemuel Penn era um oficial da Reserva do Exército dos EUA, empregado como superintendente assistente. Em 11 de julho de 1964, ele e dois amigos estavam indo para casa, em Washington – DC, depois de duas semanas de treinamento em Fort Benning, na Geórgia. A Lei de Direitos Civis de 1964 tinha sido recentemente aprovada, e muitos brancos e Klansmen estavam no limite. Penn sabia disso, então ele instruiu o motorista a tomar um caminho mais retirado. Às 4h da manhã, perto de Atenas, na Geórgia, um carro cheio de membros enfurecidos da Ku Klux Klan os atacou, confirmando assim os temores de Penn.

Os homens abriram fogo contra o Chevy de Penn, que foi atingido por dois tiros de espingarda e morreu instantaneamente. Os membros da Ku Klux Klan fugiram. Surpreendentemente, dois homens foram presos rapidamente, mas eles foram absolvidos por todos os homens brancos do júri. Posteriormente, outro julgamento foi convocado, e os dois atiradores foram colocados atrás das grades – mas apenas por um curto período de tempo.

Juiz Edward Aaron

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Juiz* Edward Aaron sofreu nas mãos da Ku Klux Klan, mas, felizmente, não morreu. No dia do trabalho em 1957, sete Klansmen sequestraram Aaron, após persegui-lo por muito tempo. Eles bateram em Aaron com uma barra de ferro e o castraram com uma navalha. Depois da tortura, colocaram-no porta-malas de um carro e o levaram para um riacho, onde o deixaram para morrer. Aaron perdeu muito sangue e quase morreu, mas felizmente a polícia o encontrou a tempo e milagrosamente ele se recuperou.

Seis dos responsáveis por tal atrocidade foram condenados por seus crimes. Dois deles receberam penas de cinco anos porque apresentaram provas para condenar outros quatro. Esses foram condenados a 20 anos de prisão. Mais tarde suas sentenças foram reduzidas por George Wallace, o ex-governador do Alabama. O último membro da Ku Klux Klan escapou da justiça.
*Juiz era seu primeiro nome, não seu título.

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