A pirita é um mineral mais conhecido como ‘ouro de tolo’ por sua semelhança com o metal verdadeiro, mas tolice seria ignorá-lo totalmente.
Acontece que, em alguns casos, realmente existe ouro de verdade na composição do ouro de tolo, e cientistas acabaram de descobrir uma nova forma em que o material pode estar “escondido” dentro dos ignorados cristais de pirita.
Desde a década de 80, sabe-se que o ouro real pode estar misturado ao ouro de tolo de duas formas: como partículas misturadas à pirita, ou formando uma liga com ela, sempre em quantidade bem pequena.
É impossível detectar o ouro verdadeiro em meio à pirita sem instrumentos específicos e com o uso desses equipamentos, um terceiro “esconderijo” do ouro foi encontrado.
Os cristais de pirita, quando se formam mais profundamente na terra, não são tão firmes quanto os da superfície, como acontece com o ouro de verdade.
Eles se formam, inclusive, na mesma camada de profundidade. Nesses casos, sendo mais “mole”, o cristal frequentemente sofre mais pressão e pode ser torcido ou quebrado em imperfeições microscópicas, menores até do que um vírus.
É nessas imperfeições, que só podem ser estudadas através de uma sonda atômica, que os cientistas descobriram fragmentos de átomos de ouro real.
O interessante aqui é que esses “preenchimentos” representam uma quantidade de ouro muito maior do que nas duas outras formas em que geralmente o ouro é encontrado na pirita.
Mina de ouro microscópica
A descoberta tem importância não só científica, mas também econômica.
Com essas novas informações, os cientistas sabem mais a respeito da formação de ambos os minerais, ouro e pirita, que nascem praticamente juntos e possuem várias outras semelhanças além da aparência.
De fato, agora é possível ter uma noção melhor da interação entre os dois, o que pode possibilitar no futuro um método mais eficiente para a extração do ouro verdadeiro do ouro de tolo, que também ganha uma importância maior dessa forma.
