Alguns pontos brilhantes detectados por um telescópio podem ser a primeira evidência de um outro universo. E ele pode estar em colisão com o nosso, com partículas de matéria dos dois universos sendo compartilhadas e deixando “impressões”, “rastros” dessa colisão entre eles. Mas por enquanto, tudo é apenas especulação.
A informação foi obtida através de dados do telescópio Planck, da agência espacial europeia. O pesquisador Ranga-Ram Chary afirma ter encontrado um brilho diferente na radiação de fundo de micro-ondas em algumas áreas do universo, o que seria o sinal de uma colisão com outro universo.
A teoria do chamado multiverso diz que após o Big Bang, um universo primordial passou a se multiplicar indefinidamente em vários universos que seriam como bolhas. Essa expansão das bolhas estaria ocorrendo até hoje e não se sabe se irá parar em algum momento. Cada um desses universos-bolhas pode ser exatamente igual ao nosso, com poucas variações ou até mesmo completamente diferente em relação às leis da física que o regem.
O problema seria detectar essas bolhas externas ao nosso universo, já que elas estariam se afastando entre si. No entanto, esses sinais brilhantes datam de um momento logo após o Big Bang, apenas algumas centenas de milhares de anos, época onde as bolhas estariam mais próximas e o nosso universo pode ter colidido com outro, causando essas “impressões”.
Tirando a poeira das evidências
Não é a primeira vez que algo desse tipo é encontrado. No entanto, ao contrário do que se pensava, esses pontos brilhantes eram emitidos por nuvens de poeira localizadas próximas ao centro de galáxias e isso é o que alguns cientistas acreditam que esteja acontecendo novamente agora.
A ideia é continuar utilizando o telescópio Planck para mapear essas regiões onde o forte brilho foi detectado para tentarmos encontrar alguma evidência mais concreta. Vale dizer que o brilho é 4500 vezes mais forte do que a teoria do multiverso prevê, o que torna essa descoberta relativamente mais importante do que os enganos do passado.