Por que esquecemos? Veja 5 fatos estranhos sobre a memória

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A memória é um bem valioso do ser humano. O cérebro humano é capaz de guardar detalhes minuciosos de momentos passados, mesmo que tenham acontecido há muitos anos.

De vez em quando, porém, a memória nos deixa na mão. Esquecemos em momentos que isso não poderia acontecer e por mais que nos esforcemos para lembrar de algo, a mente pode não colaborar.

A ciência, como sempre, explica tudo isso. Existem diversos tipos de memórias, com distintas classificações, e cada uma é esquecida de uma forma diferente pelo cérebro.

Uma coisa é consenso entre os cientistas: o esquecimento é algo comum e até saudável para que o cérebro continue em pleno funcionamento. É natural ficar na mão às vezes. Ainda assim, esquecer de algo importante chateia bastante.

Recentes pesquisas, cujos resultados foram compilados pelo site Livescience, apontam algumas curiosidades sobre a memória. O seu esquecimento pode estar relacionado a algum desses fatos. Confira:

Portas podem destruir memórias

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O cérebro é um órgão bastante potente e desenvolvido. No entanto, não existe perfeição: até mesmo a nossa mente tem algumas falhas.

Uma delas – bem boba por sinal – é que memórias de curto prazo podem ser destruídas quando pessoas passam por portas. Pode ser frequente que elas estejam em uma sala sem saber porque estão lá. Ao menos é o que aponta um estudo da Universidade de Notre Dame.

O ato de passar por uma porta pode sugerir ao cérebro que um novo momento começou e que memórias anteriores devem ser descartadas. Isso pode causar alguns lapsos estranhos.

Apesar disso, “falhas” como essa são importantes, pois ajudam a organizar a nossa linha do tempo mental.

Esquecimento da infância pode ser programado

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As memórias de nossas infâncias desaparecem e existe uma razão para isso, segundo os pesquisadores.

De acordo com recentes estudos, os seres humanos sofrem de uma espécie de “amnêsia infantil”, que apaga as lembranças de antes dos três ou quatro anos de idade.

Antes, os cientistas acreditavam que as memórias ficavam guardadas no cérebro, mas que crianças não tinham como verbalizá-las. Agora, chegou-se à conclusão de que as recordações são processadas, mas são esquecidas por meio de mecanismos deliberados.

Uma possível explicação é que, nessa fase, o cérebro ainda está em desenvolvimento e, enquanto cresce de forma exponencial e gera células, acaba por apagar memórias armazenadas.

Memória viva, mas inacessível

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Músicas esquecidas poderiam continuar a viver dentro de nossas cabeças sem o nosso conhecimento?
Segundo um relatório de um caso estranho publicado na revista Frontiers in Neurology 2013, pesquisadores descreveram uma mulher que tinha alucinações musicais de canções que ela não reconhecia, mas outros conseguiam.

“Esse é o primeiro relato de alucinações musicais de canções não-reconhecíveis que foram reconhecidos por outras pessoas no ambiente do paciente”, escreveram os pesquisadores.

Os cientistas disseram que a mulher, provavelmente, conheceu a música em algum momento, mas esqueceu. O caso levanta a questão do que acontece com memórias esquecidas e sugere que as lembranças podem ser armazenadas de alguma forma no cérebro que as torna inacessíveis, mesmo que ainda existam.

A mulher, provavelmente, tinha uma preservação fragmentada de memórias musicais, com trechos principais dessas memórias perdidas. Como resultado, ela não poderia reconhecer essas memórias.

Sexo pode apagar memórias

Hispanic couple hugging on bed

Embora seja raro, algumas atividades podem apagar memórias e causar uma névoa cerebral temporária, chamada de amnésia global transitória. Uma delas é o sexo, que faz alguns pacientes esquecerem um ou dois dias anteriores, além de terem dificuldade de formar novas lembranças.

Pessoas com amnésia global transitória não sofrem efeitos colaterais graves. Os problemas de memória costumam desaparecer em poucas horas.

No entanto, não se sabe como isso acontece. Os exames em pacientes que tiveram esse tipo de amnésia não mostram sinais de danos ao cérebro.

Lesões cerebrais podem provocar esquecimento

É possível perder memórias antes mesmo de ter a chance de serem armazenadas, devido a lesões nas estruturas do cérebro envolvidas na formação de lembranças. Danos a essas áreas podem resultar em formas curiosas de amnésia.

Em um dos casos mais estudados de tal amnésia, um paciente perdeu a capacidade de formar novas memórias quaisquer após uma parte do seu cérebro, o hipocampo, ter sido removida durante uma cirurgia para tratar epilepsia.

Outro paciente teve um diagnóstico semelhante. Neste caso, porém, foi causado por uma rara inflamação viral no cérebro.



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