Por que nós, seres humanos, traímos em relacionamentos?

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Por que traímos? É difícil definir a traição, porém, no campo amoroso, trata-se de ter relações com um terceiro durante um relacionamento com outra pessoa. É sinônimo para “adultério”.

Antes de responder à questão que dá norte a este artigo, vale desmistificar aquela história de que homens traem mais que as mulheres. Não há, exatamente, quem traia mais: pesquisas distintas indicaram resultados diferentes.

Em 2003, a Universidade de São Paulo (USP) apurou que, no Brasil, 50% dos homens já traíram durante um relacionamento, enquanto o índice feminino é bem menor: 22%. Um estudo mais recente, do site Female First, apurou que, nos Estados Unidos, a lógica se inverte um pouco: 40% das mulheres já deram uma “escapadinha”, em comparação com 12% dos homens.

Guerra dos sexos à parte, tentaremos explicar por qual motivo traímos. As informações abaixo não estão devidamente aprofundadas, porque existem uma série de estudos científicos sobre o assunto. Os dois tópicos abaixo apenas resumem os resultados encontrados. Entenda:

Comportamento

Segundos psicólogos e terapeutas que analisaram vários casais, o motivo da traição para ambos os sexos é basicamente o mesmo. Em quase todos os casos, é um mix entre duas causas: o desgaste do casal e a falta de momentos de intimidade, por já terem entrado em uma rotina em suas vidas. Em alguns casos, até os filhos foram um agravante, por terem se tornaram o foco do casal.

Os especialistas dizem, ainda, que mesmo quando uma das partes apenas trai, a culpa é dos dois. Ambos devem ter a consciência de que o desgaste da relação não é culpa exclusiva de nenhum deles.

Genética

Algumas pessoas podem ser pré-dispostas a trair. Segundo pesquisadores da Universidade de Montreal, quem tem um estilo de afeto esquivo (com dificuldade em estabelecer relações de intimidade e medo de compromisso) tem mais propensão a trair.

Outro estudo, feito pela State University of New York, descobriu que os genes associados aos comportamentos que buscam novas sensações, como o consumo de álcool ou o jogo, também podem estar associados à promiscuidade sexual e infidelidade.

Eles concluíram que pessoas com a variação genética chamada de DRD4 7R+ eram mais propensas a trair. Cerca de 50% dos indivíduos com a variação 7R+ relatou ser infiel, em comparação com 22% que não tinha essa variação genética.

Este texto foi originalmente feito por Renan Ralts para o canal Acredite ou Não, no YouTube. Edição textual e adaptações por Igor Miranda. Veja o vídeo original:



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