Você já se pegou precisando parar tudo e precisar pensar por alguns segundos para conseguir lembrar qual era o lado direito ou esquerdo? Pois saiba que você não é o único!
A maioria das pessoas vive esse problema. Isso porque distinguir os lados é um processo neuropsicológico extremamente complexo. Só pra ter uma noção, o processo envolve várias funções neurológicas superiores, como a capacidade de integrar informação sensorial e visual, linguagem e memória.
Existem pessoas que conseguem lidar com isso naturalmente, mas pra muita gente é bastante difícil mesmo.
Em alguns casos, como quando você está diante de outra pessoa, por exemplo, os lados do outro são os opostos dos seus! Isso dificulta ainda mais todo o processo, que passa a envolver a função visual e espacial das imagens que circulam mentalmente.
Para reles mortais, parece até um problema bobo, né? Mas não é assim que a banda toca pra todo mundo!
Na medicina, a distinção esquerda-direita é um assunto seríssimo. Um erro nesse sentido poderia causar consequências terríveis aos pacientes. Historicamente, vários erros desse tipo já foram relatados.
Estudiosos do assunto apontam mais uma nuance da questão: profissionais da medicina geralmente trabalham em ambientes muito agitados e estão, o tempo todo, passíveis de serem distraídos.
O “efeito de distração” é uma das principais causas de erros na distinção direita-esquerda, como já foi comprovado por várias pesquisas.
Por isso, desde a graduação os estudantes de medicina recebem intensos treinamentos, técnicas e conscientizações sobre os desafios do discernimento direita-esquerda, que poderiam causar impactos devastadores.
Quem tem dificuldades e pretende seguir carreira na saúde, precisa ter consciência de que tem um problema e precisa aprender métodos para contorná-lo.
Dentre as sugestões de estudiosos na tentativa de diminuir consequências desastrosas, estão a vigilância extra para pessoas comprovadamente com dificuldade e uso de estratégias de minimização de distrações.