A presença de um asteroide tem reacendido um debate considerado resolvido há tempos. Será que existe um planeta “escondido” no Sistema Solar? Alguns cientistas acreditam que isso é bastante possível, o que deixa em alerta os adeptos de algumas teorias conspiratórias.
O asteroide BP519 foi descoberto em 2015 e é um ponto fora da curva na vizinhança da Terra, por causa de sua órbita inclinada em 54 graus. Todos os planetas do Sistema Solar, com exceção do agora planeta-anão Plutão, possuem órbitas orientadas no mesmo plano.
Isso acontece porque os resíduos que formaram os planetas se agrupavam em um disco em torno do Sol. Essas partículas se uniram dando origem aos mundos, mas permaneceram no mesmo plano de órbita, como se ainda estivessem nesse disco, agora invisível. O que não é o caso do asteroide rebelde.
Se o BP519 tem essa alteração em sua órbita, é porque alguma coisa o atraiu com seu campo gravitacional, tirando-o do caminho comum. Dessa forma, com base na alteração da órbita desse asteroide e de outros objetos descobertos no passado, cientistas puderam calcular com mais exatidão quem é o culpado.
O planeta escondido seria um objeto rochoso, com cerca de 10 vezes mais massa do que a Terra e 23 vezes mais distante do Sol do que Netuno, o atual último da fila. Por isso fica difícil observá-lo, mas podemos ver o efeito que ele causa, como na órbita do BP519.
É você, Nibiru?
A descoberta está deixando os teóricos da conspiração enlouquecidos, já que a ideia de um planeta rochoso bem maior do que a Terra e responsável pelo fim do mundo não é novidade entre eles.
Chamado de Nibiru, Nêmeses, Planeta X e inúmeros nomes, ele já foi associado ao fim do mundo de várias formas, seja afetando o campo magnético da Terra ou até mesmo batendo de frente com o nosso planeta em um desvio de órbita que configuraria uma verdadeira barbeiragem espacial.
Os cientistas pretendem analisar outros objetos que teriam sua órbita alterada pelo tal planeta para que seja possível dizer com alguma exatidão onde ele está, para que possamos, com alguma sorte, ter imagens do enigmático corpo celeste.