A Prefeitura de São Paulo confirmou o primeiro caso autóctone de febre amarela – ou seja, a pessoa foi infectada dentro da cidade – na última sexta-feira (9). A transmissão, porém, não é urbana, pois aconteceu em área de mata.
A Prefeitura também determinou o fechamento de quatro parques na zona sul, como medida preventiva contra o vírus.
O caso autóctone é de um homem de 29 anos, morador do distrito de Tremembé, na zona norte. Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, ele frequentava semanalmente um local próximo do Parque Estadual da Cantareira, na zona norte, onde se contaminou. A infecção urbana da doença não é registrada no País desde 1942.
O paciente, cujo estado de saúde não foi divulgado, não estava vacinado. Só neste ano, a capital registrou 43 casos – esse no Tremembé e os demais importados de outros Estados ou municípios – e seis mortes.
O litoral paulista também registrou, pela primeira vez, um caso autóctone da doença. A vítima, de Itanhaém, na Baixada Santista, morreu. Em todo o Estado, desde janeiro de 2017, foram confirmados 186 casos da doença e 65 óbitos.
Para vacinar moradores da zona norte, a Prefeitura ampliou de 10 para 35 o total de Unidades Básicas de Saúde (UBSs) na região destinadas a esse fim. No carnaval, houve plantão em postos – a maior parte deles nas zonas leste e sul – para atender aqueles que receberam senhas de vacinação.
Após um mês em falta na rede privada, segundo a Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas, o imunizante voltou a ser fornecido ontem. Segundo a entidade, 90% das 500 clínicas associadas já receberam as doses.
Parques
Na sexta (9), a Secretaria do Verde determinou o fechamento de quatro parques na zona sul, após um macaco ser achado morto por febre amarela em uma casa no Campo Belo.
Os parques Severo Gomes, Cordeiro Martin Luther King e do Chuvisco ficarão fechados a partir deste sábado (10). No Parque Linear Invernada, sem grades, há indicação para não frequentar. A medida, diz a pasta, foi tomada por precaução.