A sonda Juno, da Nasa, chegou, na madrugada desta terça-feira (5), ao planeta Júpiter. É a segunda vez que um artefato do tipo entra na órbita do maior planeta do Sistema Solar – a primeira foi Galileo, em 1995.
A viagem da Juno até Júpiter durou quase cinco anos. Ela é movida por energia solar.
Segundo a Nasa, Juno desacelerou para uma velocidade de 542 m/s (cerca de 1.951 km/h) no intuito de ser capturada pela órbita do planeta. A sonda dará 37 voltas ao redor do planeta num período estimado em 20 meses, percorrendo cerca de 5 mil km.
“Queremos novas respostas para mistérios em curso relacionados ao núcleo do planeta, composição e campos magnéticos”, disse a Nasa, em comunicado.
Objetivos
Juno tem o intuito de estudar as profundezas jovianas. A um custo de mais de US$ 1 bilhão, a sonda pretende desvendar o que há no interior do gasoso planeta – por exemplo, se existe um núcleo sólido.
Para isso, a sonda utilizará sensores de infravermelho e ultravioleta, além de medidores de gravidade e radiação. Uma das medições que Juno tentará fazer está relacionada à quantidade de água presente em Júpiter.
As informações coletadas por Juno podem dar pistas sobre o local em que Júpiter se formou no Sistema Solar e se o deslocamento foi muito considerável desde então. Além disso, espera-se obter respostas com relação à formação padrão de planetas.
O que se sabe sobre Júpiter
Maior planeta do Sistema Solar, Júpiter é o quinto mais próximo do Sol e é basicamente composto por gás, como Saturno, Urano e Netuno – os planetas jovianos.
O gigante planeta é formado por hidrogênio e hélio, tem uma rotação rápida (cerca de 10h) e é visível a olho nu. Depois do Sol, da Lua e de Vênus, é o quarto objeto mais brilhante no céu, para a visão humana.
Imagina-se que Júpiter tenha 67 satélites (luas). Uma delas, Europa, possivelmente tem um oceano líquido.