Elon Musk e a sua companhia, a SpaceX, lançaram, na manhã desta quinta-feira (22), seus dois primeiros satélites de conectividade, que planejam levar internet barata para o mundo todo. Os dispositivos em órbita são chamados Microsat-2a e Microsat-2b.
A confirmação foi feita pelo próprio Elon Musk, em seu perfil no Twitter.
A carga do foguete Falcon 9 consiste oficialmente em apenas um satélite que será lançado a pedido da companhia espanhola Paz. A carga secundária, no entanto, é a mais interessante: os dois pequenos satélites Microsat, citados anteriormente, que devem funcionar por apenas 20 meses e terão a conectividade deles entre si testadas, com outros satélites e com receptores na Terra, no que promete ser um teste para uma rede de banda larga mundial que Musk deseja criar.
O projeto possui o nome não-oficial de Starlink e Elon Musk simplesmente não fala no assunto. Porém, documentos sobre testes e funcionamento da rede são públicos e possuem bastante informação.
Musk pretende colocar em órbita mais de 4,2 mil satélites em altitudes diferentes, criando dessa forma uma rede a nível mundial. Outros 7 mil satélites em altitudes mais baixas completariam a implantação do projeto. Para efeitos de comparação, vale lembrar que atualmente pouco mais de 1700 satélites orbitam a Terra.
Internet barata e mais rápida
Relatórios da SpaceX destacam informações como o fato de que 57% da população mundial não possui acesso à internet por uma série de motivos, segundo a Unesco. O Starlink seria uma solução para boa parte dessas pessoas.
A rede poderia ser acessada através de um aparelho que deve custar entre 100 e 300 dólares, segundo afirmou Musk em 2015. A velocidade da internet seria de 1 Gigabit por segundo, cerca de 170 vezes mais rápida do que a média de velocidade da internet no mundo.
A rede de Musk poderia ainda acabar com dificuldades técnicas relacionadas à instalação de redes de fibra ótica, escavação de terrenos e até mesmo em questões de custos.
* Colaborou para a matéria: André Luiz.
