A fúria dos vikings, guerreiros nórdicos que assolaram a Europa na Idade Média, é lendária e tudo indica que antes de ir para a batalha, eles gostavam de ficar chapados.
Uma pesquisa mostrou que esses guerreiros, vindos de locais onde hoje ficam a Dinamarca, Noruega, Suécia e outros países, consumiam chás alucinógenos, que os encorajavam a entregar tudo de si na luta.
O estudo focou na figura dos berkerser, guerreiros descritos como tomados de uma fúria incontrolável no campo de batalha, que muitas vezes lutavam nus e pareciam não sentir dor ao serem golpeados pelos inimigos, tornando-os muito difíceis de serem vencidos.
De acordo com a pesquisa, eles eram induzidos a esse estado de transe insano pelo chá de uma planta conhecida como hanbane fedorento.
Segundo o etnobotânico Karsten Fatur, um dos autores do estudo, em entrevista ao The Times, o hanbane fedorento possui duas substâncias chamadas de hiosciamina e escopolamina, que atuam no sistema nervoso como alucinógenos muito potentes.
Por isso, os vikings em modo berserker causavam grandes estragos nos exércitos inimigos e depois dormiam por dias, enquanto se recuperavam dos ferimentos graves, cuja dor eles mal sentiam.
Fatur afirma ainda que o álcool, consumindo em grande quantidade pelos vikings, poderia também ter atuado como um facilitador dos efeitos da planta, que, entre outros efeitos, causava um aumento na dissociação, permitindo que os berserker realizassem uma verdadeira carnificina sem nenhum tipo de culpa ou algo que os impedisse de matar.
A fúria dos homens do norte
Foram chamados de vikings (do inglês antigo/anglo-saxão “wiccinga”, que significa “pirata”, “saqueador”) os invasores do norte da Europa, que começaram a causar grandes estragos na Inglaterra, França e outros lugares da Europa a partir do século VIII. Eram conhecidos pela violência de seus ataques.
Nesta época, os nórdicos eram também pagãos, adorando deuses antigos de sua tradição, enquanto a maior parte da Europa já havia aderido ao cristianismo como religião oficial. Foram convertidos aos poucos, até pararem de saquear e passarem a integrar famílias reais de outros países, integrando-se assim ao cenário europeu da época.