Há algum tempo, quando o coronavírus ainda era considerado apenas uma epidemia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) resolveu dar um nome oficial à doença causada pelo patógeno: Covid-19. Por que existe esse diferenciação entre o nome do vírus e o da enfermidade?
Segundo a própria OMS, os vírus recebem seus nomes baseados em sua estrutura genética para facilitar o desenvolvimento de testes, remédios e vacinas. Um grupo de virologistas do Comitê Internacional de Taxonomia de Vírus (ICTV, na sigla em inglês) são as responsáveis pelas escolhas de cada nome.
Já as doenças recebem seus nomes com o intuito de permitir discussões a respeito de prevenções, contágio, métodos de transmissão e tratamentos. A Classificação Internacional de Doenças (ICD, sua sigla em inglês), que faz parte da OMS, é quem classifica cada enfermidade.
Voltando a falar a respeito do coronavírus, a ICTV deu um nome oficial para ele em 11 de fevereiro: “Síndrome Respiratória Aguda Grave Coronavírus 2”, que ganhou a sigla SARS-CoV-2. Ele recebeu esse alcunha por ser geneticamente relacionado ao coronavírus que causou a famosa SARS entre o final de 2002 e o início de 2003, apesar de terem suas diferenças.
Já o Covid-19 se trata de uma sigla da frase COronaVIrus Disease, ou “doença do coronavírus”, em tradução direta, e segue orientações feitas em conjunto com a Organização Mundial da Saúde Animal e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura. O número 19 se trata justamente do ano em que a enfermidade surgiu.
A escolha do nome foi uma forma encontrada de fazer com que não haja confusão com a SARS surgida entre 2002 e 2003, até como forma de evitar um pânico generalizado na Ásia, continente mais afetado pela doença.