Vírus raro e sem cura causa mortes na Índia e preocupa autoridades

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Um raro e misterioso vírus já teria causado a morte de três pessoas no sul da Índia, sem contar outros casos considerados suspeitos. Tal epidemia já deixa diversas autoridades mundo afora preocupadas.

Esse vírus é conhecido pelo nome de Nipah e foi descoberto há apenas 20 anos, o que faz ele ser considerado apenas emergente. O Nipah surgiu originalmente em morcegos, mas ele pode afetar seres humano sem maiores dificuldades.

As três mortes aconteceram na cidade de Kozhikode, no estado de Kerala. Outros seis casos ainda estão sob análise, enquanto que 25 pessoas estão internadas em hospitais locais com sintomas da doença.

A enfermidade causada pelo vírus Nipah ainda não possui cura e pode ser transmitida de pessoa para pessoa por meio da saliva. E ela costuma ser mortal: de 40% a 75% dos infectados acabam morrendo.

E por conta de seu potencial para causar uma pandemia, a Organização Mundial da Saúde já lista o Nipah como uma das prioridades de pesquisa, ao lado de doenças conhecidas, como o Ebola e a SARS.

E o que é o vírus Nipah?

Conforme dito acima, o Nipah foi descoberto pela primeira vez há 20 anos, em 1998, na Malásia. Na época, 265 pessoas foram infectadas pelo vírus, sendo que 105 acabaram morrendo. Acredita-se que a doença foi transmitida originalmente por porcos.

O principal e mais severo sintoma da doença causada pelo vírus é a encefalite, que são infecções que afetam o cérebro e pode causar a morte.

Desde então, também foram registradas pequenas epidemias na Índia e em Bangladesh. 280 pessoas foram infectadas no total e 211 acabaram morrendo por conta do vírus.

Como o Nipah foi transmitido pela primeira vez por porcos, as autoridades dos países citados acima acabaram sacrificando milhares de animais. No entanto, pesquisadores descobriram que morcegos frugívoros são os hospedeiros naturais do vírus.

A doença é tão severa que até mesmo aqueles que conseguem sobreviver a ela podem ter algumas complicações de saúde para o resto da vida, como mudanças de personalidade e convulsões constantes. E em alguns casos, o vírus consegue se reativar meses ou até mesmo anos após a primeira exposição.

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