A cabeleireira Adriana Ferreira Almeida continua tentando herdar toda a fortuna do ex-marido Renê Silva, mesmo após ser condenada a 20 anos de prisão pelo assassinato do cônjuge que venceu a Mega-Sena.
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Atualmente, a fortuna de Renê é estimada em mais de R$ 87 milhões e, embora a viúva tenha a condenação em trânsito, ela exige a revalidação de um testamento que lhe daria metade da herança (aproximadamente R$ 43 milhões).
Além disso, Adriana possui outra ação em que pretende anular o reconhecimento da paternidade da única filha de Renê. Entretanto, a filha Renata recorreu contra a anulação desse testamento.
De acordo com o advogado da viúva, Jackson Costa Rodrigues, existem irregularidades na seleção do júri que condenou Adriana. Ele ainda argumenta o fato de um dos jurados não residir na cidade de Rio Bonito.
No entanto, o recurso de Rodrigues foi rejeitado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. O advogado continua a aguarda a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). “Não peço absolvição dela. Peço que seja submetida a um terceiro julgamento”, alega.
Assassinato do ganhador da Mega-Sena
O homem ganhou R$ 52 milhões na Mega-Sena no ano de 2005, mas foi assassinado dois anos depois por um esquema organizado pela própria esposa, na frente de um bar em Rio Bonito (RJ).
No entanto, a investigação da polícia que conclui que a Adriana arquitetou o homicídio doloso para receber a fortuna só foi validada em 2016, quando a mesma foi condenada a 20 anos de prisão.
As investigações também apontaram que Adriana tomou a decisão após Renê alegar que tiraria a esposa de seu testamento, pois alegava que estava sendo traído. Para o Supremo, o lavrador foi manipulado a assinar o acordo que passava os bens à cabeleireira.
Adriana cumpre pena desde 2018 em Tanguá, na região metropolitana do Rio de Janeiro, e teve o direito concedido à progressão para um regime semi-aberto. A viúva admitiu ter de fato um amante, em seu julgamento.
Os executores contratados por Adriana foram dois ex-seguranças do falecido lavrador. Ambos foram condenados a 18 anos de prisão em 2009.
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