Vulcão Vesúvio transformou cérebro de pessoa em vidro; entenda

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A erupção do vulcão Vesúvio em 79 d.C. é um dos eventos mais conhecidos da história, mas a força de destruição até hoje surpreende: ela transformou um cérebro em vidro.

A descoberta é recente e os cientistas demoraram um tempo até conseguirem entender que aquele pedaço de vidro descoberto na cidade de Herculaneum, uma das que foi destruída pela erupção, era na verdade um pedaço de cérebro.

Herculaneum e Pompéia, localizadas na base do vulcão, próximas a atual Nápoles, foram devoradas não por lava, mas por uma erupção de detritos e fumaça extremamente quente, o que acabou não destruindo as construções, mas protegendo-as, inclusive em relação aos corpos das pessoas que morreram no desastre.

Em um desses sobreviventes, foi encontrada dentro do crânio uma peça vitrificada e negra.

Um estudo conduzido pela Universidade de Nápoles Frederico II concluiu que aquele pedaço de vidro é na verdade um fragmento do cérebro da vítima.

Ele teria sido um homem na faixa dos 20 anos, que foi encontrado deitado em uma cama e provavelmente morreu de forma instantânea na erupção. A temperatura no ambiente chegou a 520 graus.

Segundo os pesquisadores, a erupção de fluxo piroclástico lançada pelo vulcão, que consistia em gases, fragmentos de pedra, detritos e fumaça em altíssimas temperaturas, atingiu a cidade de repente, aumentando a temperatura de forma drástica e diminuindo logo em seguida.

Isso causou um processo de vitrificação no cérebro, da mesma forma que acontece na fabricação de vidro normal com areia.

Inferno romano

O Vesúvio entrou em erupção no ano de 79 antes de Cristo, durante a época do imperador romano Tito Flávio. Todas as cidades ao redor da baía de Nápoles foram afetadas, especialmente Herculaneum e Pompeia.

Devido a natureza da erupção, muitas construções se mantêm até os dias de hoje, protegidas pelos fragmentos expelidos pelo vulcão.

Baseado em relatos de testemunhas e o conhecimento moderno de vulcanólogos, acredita-se que a nuvem de detritos tenha ultrapassado os 30 quilômetros de altura. Foram expelidos 1,5 milhão de de toneladas por segundo, liberando uma energia equivalente a 10 bombas atômicas de Hiroshima.

A quantidade de mortes é debatida até hoje, mas sabe-se que as duas cidades somavam cerca de 20 mil habitantes.



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